terça-feira, 2 de julho de 2019

Google permite salvar notas de alunos online e oferece certificação

Google anuncia melhorias no Classroom, um novo aplicativo para gestão e ensino do Chromebook -- permitindo digitar e salvar notas e comentários sobre trabalhos de alunos on-line nos servidores da empresa -- e amplia programas e cursos com certificação para estudantes. A empresa não se limita mais apenas em desenvolver novas tecnologias para fins educacionais, mas oferece cursos online para certificação formal, em letramento digital no uso de suas próprias ferramentas por exemplo (uma ação antes restrita aos professores usuários) e em TI em geral. Medidas quanto à garantia da segurança e da privacidade dos dados de professores e alunos, informa o texto, estão sendo tomadas pelo Google em linha com o  Student Data Privacy Consortium e o  Family Online Safety Institute


segunda-feira, 17 de junho de 2019

Trabalhos atualizados de David Merril sobre EaD, Instrução

O site do professor e pesquisador veterano norte-americano Davi Merril acaba de ser atualizado com seus trabalhos antigos e mais recentes nas temáticas que o tornaram proeminente no campo de pesquisas e práticas da EaD, incluindo tópicos de Instructional Design, Component Display Theory, Instructional Transaction Theory, First Principles of Instruction, dentre outros.


quinta-feira, 30 de maio de 2019

Revista Periferia traz edição temática sobre memes e educação

A revista Periferia acaba de publicar edição temática intitulada Memetizando: experimentações cotidianas em tempo de cibercultura, com artigos variados que analisam a nova prática sociocultural em relação a temas como o racismo, as linguagens e os discursos, culturas juvenis, educação formal e informal.


quinta-feira, 23 de maio de 2019

Nova edição da RIE sobre Analítica da Aprendizagem

Acaba de ser publicação edição temática da RevistaIberoamericana de Educação (RIE) sobre a área de analítica da aprendizagem, que abrange "a medição, coleta, análise e geração de relatórios de dados sobre os alunos e seus contextos, a fim de compreender e otimizar a aprendizagem e os ambientes em que ela ocorre", segundo o editorial.

O texto de abertura da edição também informa que os temas abordados são: "1) Pesquisa e estudos relativos ao uso de big data no ambiente educacional e suas implicações; 2) Pesquisas e estudos que fornecem estudos de caso sobre o desenvolvimento de iniciativas de Learning Analytics para o estudo do desenvolvimento de competências; 3) Pesquisas e estudos que analisam ou avaliam as boas práticas nacionais versus internacionais; 4) Trabalhos inovadores na concepção, avaliação e implementação de programas de formação baseados em estudos de Learning Analytics e 5) Desafios e oportunidades para um ensino de qualidade que disponha de ferramentas para a análise de informação massiva, por exemplo”.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Nova agenda de pesquisas e problemas nas áreas de Mídia, Aprendizagem e Tecnologias

Nova edição do periódico Learning, Media and Technology traz artigo em que os editores listam as principais questões e problemas hoje colocadas ao campo de estudos sobre mídias, aprendizagem e tecnologias, reforçando a necessidade de pesquisadores identificarem problemas a serem investigados na área, afastando-se um pouco da prática bastante consolidada no campo de descobrir o que "funciona" na educação. O texto problematizador é bastante didático e está aberto para leitura. Segundo os editores, as principais temáticas a serem investigadas são (livre tradução minha): políticas de educação digital, a "ciência da aprendizagem" em edtech, retrocessos na edtech e dilemas éticos, perspectivas pós-humanas e socio-materiais, novos letramentos, perspectivas feministas em edtech, dentre outras. O número publicado também traz alguns outros artigos que, nesta edição, aparecem como livres para leitura, sem a necessidade de autenticação prévia.


quinta-feira, 9 de maio de 2019

Novo artigo sobre games e aprendizagem das crianças

Artigo recente, de pesquisadores finlandeses, publicado pela Games and Culture, apresenta resultados bastante positivos para as experiências de aprendizagem das crianças com games. O resumo informa que: "o estudo explora o que as crianças aprenderam ao jogar jogos digitais, como essas experiências de aprendizagem se relacionam com as habilidades do século XXI e em quais contextos as crianças se beneficiam ao jogar jogos digitais. Os resultados revelam que as experiências de aprendizagem das crianças estão frequentemente relacionadas com disciplinas e competências centrais do século XXI, mas também relataram melhorias nas capacidades físicas e competências desportivas dos jogos digitais".


quinta-feira, 2 de maio de 2019

Publicado novo dossiê Tecnologias e a Educação a Distância no Ensino Superior

Acaba de ser publicado novo dossiê intitulado Tecnologias e a Educação a Distância no Ensino Superior pela revista Trabalho & Educação da UFMG. Segundo os organizadores da edição, “o cenário atual configura expansão dessa modalidade de ensino a partir de documentos legais publicados recentemente. A partir disso, entende-se que é necessário compreender as políticas públicas para a formação a distância, as tecnologias utilizadas, as mídias digitais que atendem aos objetivos educacionais e ao público docente e discente dos cursos. Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por vezes divergentes, contribuem para o debate e a ativação de estudos da temática em questão”. Artigos abordagem sub-temáticas como mercantilização, metodologias ativas, curadoria digital,  gestão, desconforto docente, políticas públicas, dentre outras.
O cenário atual co

nfigura expansão dessa modalidade de ensino a partir de
documentos legais publicados recentemente. A partir disso, entende
-
se que é
necessário compreender as políticas públicas para a formação a distância, as
tecnologias utilizadas, as mídias digitais que
atendem aos objetivos educacionais e ao
público docente e discente dos cursos.
Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por
vezes divergentes, contribuem para o debate e a ativação de estudos da temática em
questão O cenário atual co
nfigura expansão dessa modalidade de ensino a partir de
documentos legais publicados recentemente. A partir disso, entende
-
se que é
necessário compreender as políticas públicas para a formação a distância, as
tecnologias utilizadas, as mídias digitais que
atendem aos objetivos educacionais e ao
público docente e discente dos cursos.
Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por
vezes divergentes, contribuem para o debate e a ativação de estudos da temática em
questãoO cenário atual co
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atendem aos objetivos educacionais e ao
público docente e discente dos cursos.
Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por
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tecnologias utilizadas, as mídias digitais que
atendem aos objetivos educacionais e ao
público docente e discente dos cursos.
Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por
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tecnologias utilizadas, as mídias digitais que
atendem aos objetivos educacionais e ao
público docente e discente dos cursos.
Nesse sentido, a forma como os autores aqui reunidos apresentam os seus artigos, por
vezes divergentes, contribuem para o debate e a ativação de estudos da temática em
questão 

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Novo artigo indaga: onde está a teoria no campo da tecnologia educacional?

Acaba de ser publicado no British Journal of Educational Technology o artigo intitulado Where is the “theory” within the field of educational technology research? O ótimo texto apresenta resultados das análises realizadas em 503 artigos recentes sobre estudos empíricos publicados nos três mais prestigiados periódicos da área, sendo que 40% deles não faziam qualquer menção à teoria. As teorias mais citadas nos demais artigos forma: Cognitive load theory, Technology acceptance model, Cognitive theory of multimedia learning, Social development theory, Self‐determination theory, Self‐regulated learning theory, Technological Pedagogical and Content Knowledge, Cognitive affective theory of learning with media.

Os autores concluíram que: "Na maioria dos casos, o envolvimento explícito com a teoria estava ausente. Muitos estudos foram totalmente desprovidos de teorias ou fizeram uso vago da teoria. Onde a teoria era explícita, os artigos eram mais propensos a usar a teoria para conceituar a pesquisa, para informar o processo de coleta ou análise de dados e para discutir os resultados. Muito poucos artigos relataram descobertas que nos ajudam a aprender algo novo sobre uma teoria em particular (ou seja, pouca evidência de avanço da teoria)"(tradução livre). Os editores do periódico sugerem, diante disso, que pesquisadores da área precisam ser mais explícitos sobre as teorias que orientam suas pesquisas.

Novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior

Acaba de ser publicado novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior intitulado Challenges and Opportunities for use of Social Media in Higher Education

O pesquisador apresenta uma detalhada análise do tema, enfatizando problemas, oportunidades e algumas poucas experiências práticas na área, indicando simultaneamente o grande potencial do uso das mídias sociais na educação e os problemas envolvidos em tal uso, o que parece explicar, pelo menos em parte, sua baixa efetividade. 

Em trecho final do artigo, Anderson afirma que: "Dado o grande número de incógnitas que marcam o uso das mídias sociais descritas acima, o que podemos esperar da pesquisa educacional formal? Quando alguém examina criticamente a literatura de pesquisa sobre mídia social, chegamos a uma série de resultados infelizes e um tanto desanimadores. Muito da literatura de pesquisa é baseada em estudos de caso e descrições de uso - com uma escassez de dados empíricos - especialmente no que diz respeito aos resultados educacionais. Em uma revisão sistemática de 2017 de dez anos de uso de mídia social na educação básica, Greenhow & Askari (2017) descobriram que “o tipo de estudo mais prevalente conduzido relacionado ao nosso tópico focal foi a pesquisa sobre usos comuns. O tipo de estudo menos comum conduzido foi a pesquisa que estabeleceu a eficácia da tecnologia para melhorar o aprendizado dos alunos ”. Pesquisas relacionadas ao “uso comum” têm algum valor de exposição quando novas ferramentas são introduzidas nas salas de aula, mas fornecem muito pouca evidência relacionada ao custo ou à efetividade da aprendizagem"(tradução livre).

quinta-feira, 25 de abril de 2019

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Publicada edição temática Tecnologias digitais na educação: a máquina, o humano e os espaços de resistência

Acaba de ser publicada edição temática da Revista Educação e Cultura Contemporânea, intitulada Tecnologias digitais na educação: a máquina, o humano e os espaços de resistência. O número atual conta com 21 trabalhos diversos que abordam, dentre outros, temas como educação on-line, autorias, cidadania, protagonismo, dispositivos móveis, novas metodologias, etc. O editorial contém um ótimo resumo reflexivo das temáticas hoje postas no campo de pesquisas e práticas referentes às tecnologias digitais em rede e a educação.


quinta-feira, 11 de abril de 2019

China utiliza tecnologia de IA para reconhecimento facial e rankeamento de alunos em sala de aula

Reportagem do website Sixth Tone detalha como a China tem utilizado variadas tecnologias de monitoramento por imagens e de reconhecimento facial dos estudantes em sala de aula através de projetos piloto de Inteligência Artificial que atribuem notas de desempenho aos estudantes a fim de "aprimorar a educação no país". 

Segundo o texto, um dos programas utilizados em uma escola de Beijing fotografa a sala de aula a cada segundo e as imagens do rosto de cada aluno são analisadas por algoritmos a partir de categorias tais como ouvindo, respondendo perguntas, escrevendo, interagindo com outros alunos ou dormindo. Em algumas escolas, estudantes desconectaram as câmeras do sistema em sinal de protesto.




quarta-feira, 10 de abril de 2019

O retorno do ACSDE - The American Center for the Study of Distance Education

O The American Center for the Study of Distance Education (ACSDE), criado em 1988 por Michael Moore, voltou a funcionar, agora no departamento de Learning and Performance Systems da The Pennsylvania State University, sob a direção de William C. Diehl.
O objetivo inicial do Centro se mantém: [ser] um centro interinstitucional e multidisciplinar que visa facilitar a colaboração entre indivíduos e instituições nos Estados Unidos e no exterior, com seus principais objetivos de promover pesquisa, estudo, bolsa de estudo e ensino em educação a distância, e para servir como uma central para disseminação de conhecimento sobre educação a distância.
Uma ótima iniciativa do Centro será a promoção de simpósios on-line que acontecerão ao longo do ano e do qual podem participar pesquisadores de todo o mundo. Mais informações no site do centro e pelo mailing list.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, disponível para download gratuito

O livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, lançado em 2018, está disponível para download gratuito no website da Editora da UFBA. Fruto de uma disciplina de graduação ministrada pelo pesquisador da UFBA, a obra aborda os episódios de quatro temporadas da série da televisão britânica para debater sobre diversos conceitos do campo dos estudos da Cibercultura. 

Segundo o autor, "a escolha da série se deu por sua grande repercussão no brasil e por ela tocar em temas caros à área de comunicação, tais como a sociedade midiática, a sociedade do espetáculo, as mídias digitais, as redes sociais, as questões do corpo, da vigilância e das demais tecnologias e processos comunicacionais em interface com os problemas da cultura contemporânea". Todos os alunos da referida disciplina assistiram aos episódios e participaram ativamente de debates sobre os conteúdos, tendo todos os nomes listados na seção de Agradecimentos da obra.

domingo, 31 de março de 2019

Novos livros e podcast sobre a sociedade da vigilância em rede

O Anticast acaba de publicar novo conteúdo em que o professor e jornalista Ivan Mizanzuk entrevista Fernanda Bruno (Medialab / UFRJ) e Rodrigo Firmino (PPGTU / PUCPR), autores do livro “Tecnolopolíticas da Vigilância: Perspectivas da Margem”, e aborda o conceito de tecnopolítica, as formas dos cidadãos de protegerem contra a vigilância em rede, e monitora ações recentes nesse campo. Ao interessados na temática, recomendamos também a leitura do novo livro The Age of Surveillance Capitalism, da professora de Harvard Shoshana Zuboff, e os trabalho da LAVITS, a Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade.
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quinta-feira, 14 de março de 2019

Diretrizes para edição ética de trabalhos acadêmicos

A associação dos editores do Canadá publicou no início desse ano uma atualização das diretrizes para a edição ética de trabalhos de alunos do ensino superior (graduação e pós-graduação). Os documentos, livres para download, detalham os três tipos de edição a serem feitas pelos professores orientadores a partir da anuência dos próprios alunos: apenas indicar erros, corrigir erros ou uma combinação de ambos Os procedimentos de edição ética são endossados por importantes universidades de língua inglesa ao redor do mundo e há diretrizes inclusive par trabalhos de alunos dessas universidades mas cuja língua primária não é o inglês.


segunda-feira, 11 de março de 2019

Novo artigo sobre tipos de estudantes dos MOOCS

Grupo de pesquisadores canadenses publica excelente artigo em que resgatam categorias/tipologias de estudantes de MOOCs e apresentam nova metodologia utilizada no estudo relatado. Destaque para o uso dos clusters que incluem as ações desenvolvidas pelos estudantes no MOOC e o refinamento da tipologia dos seis tipos de estudantes identificados. Muito importante destacar a conclusão dos pesquisadores de que muitos estudantes de MOOCs NÃO SÃO estudantes típicos do ensino presencial (em tradução livre): 

"Estes resultados levantam questões sobre a tendência geral de considerar os estudantes do MOOC como equivalentes aos estudantes, para projetar os cursos do MOOC como se os alunos seguissem apenas o caminho ditado por seus instrutores, e julgar o sucesso do MOOC pelos padrões dos cursos para crédito. Eles esclarecem as características, motivações e perspectivas dos alunos com perfis diferentes dos perfis dos alunos [do presencial tradicional]. Estes resultados sugerem que a maneira como os MOOCs são projetados pode ter que ser reconsiderada para permitir e encorajar essas formas alternativas de participação em um MOOC, mas uma melhor compreensão desses perfis seria necessária para isso". 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Ajude a (re)definir o que é digital literacy (letramento digital)

Ao buscar (re)definir digital literacy (letramento digital), em projeto de entidades educacionais dos EUA, o pesquisador Ian O'Byrne está desenvolvendo esse processo de forma aberta e colaborativa na internet utilizando pelo menos dois recursos interativos, o hypothesis.is (um organizador de conteúdos web) e o FlipGrid, onde se pode enviar vídeos anotados. O pesquisador disponibilizou um texto com proposições conceituais e questões acerca da (re)definição do conceito. Equipes da  International Literacy Association (ILA) e do National Council of Teachers of English (NCTE) participam do trabalho. O blog de O'Byrne pode ser acessado aqui.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

ALAI publica revista temática Redes sociales: enredos y desenredos

A revista da rede de notícias ALAI (America Latina en Movimiento) publicou número temático, no final do ano de 2018, intitulado Redes sociales: enredos y desenredos e que pode ser acessado para livre download. Trata-se de uma coletânea de artigos curtos escritos por jornalistas, pesquisadores e ativistas de países da região e que analisam importantes aspectos da temática e traçam um bom panorama de questões e ações em desenvolvimento na América Latina hoje. Ao final, a publicação apresenta uma síntese dos resultados dos trabalhos desenvolvidos durante o Seminario Internacional: Desenredando las redes sociales digitales (relatório completo aqui).


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Novo número temático sobre TICs e educação da revista britânica Impact

Acaba de ser publicada edição temática da revista britânica Impact com dezenas de artigos de pesquisadores sobre a área de tecnologias digitais na educação e temáticas emergentes. Veja os artigos aberto para leitura livre, sem necessidade de associação, aqui.

No editorial, o veterano pesquisador da área Neil Selwyn faz um breve balanço das últimas décadas de pesquisas e práticas nesse campo e aponta para as dificuldades em se obter progressos nas escolas, na aprendizagem e nas práticas dos professores, sem incorrer no erro de culpar os docentes. Ao contrário, o pesquisador insinua que os interesses dos fabricantes de tecnologias digitais têm sido um grave problema e alerta contra o entusiasmo vazio sempre gerado pelas inovações tecnológicas -- o que a história em geral desconstrói -- e aponta algumas diretrizes mais simples para o campo de pesquisa e a prática docente atual. Ao concluir, Selwyn afirma que (em tradução livre):

"Tudo isso aponta para a necessidade de abordar o uso da tecnologia nas escolas de uma maneira mais realista do que idealista. Isso envolve ser questionador, objetivo, perspicaz, desinteressado e desapaixonado quando se trata das alegações feitas sobre tecnologias específicas. Isso envolve estar curioso sobre os problemas - assim como o potencial - de novas tecnologias. Acima de tudo, isso envolve ver a tecnologia digital como algo que requer muita reflexão e colaboração com os outros ao seu redor.

A tecnologia digital, sem dúvida, envolve mais (e não menos) pensamento e esforço para os professores. É claro que há muitos benefícios a serem obtidos ao se envolver com a grande variedade de oportunidades digitais que estão agora disponíveis para as escolas. No entanto, talvez seja mais proveitoso ver sempre a tecnologia digital como uma escolha. A tecnologia digital não é algo que os professores tenham que se adaptar da melhor maneira possível. Em vez disso, a tecnologia digital deve ser algo com o qual você se envolve em seus próprios termos, para atingir seus próprios objetivos e atender às suas próprias necessidades. Usada adequadamente, a tecnologia digital pode ser uma adição poderosa ao repertório de qualquer professor. Espero que esses artigos forneçam muito alimento para o pensamento."


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Manifesto para a cidadania e educação digital

Docentes e pesquisadores de algumas das mais reconhecidas instituições universitárias do mundo publicaram um manifesto para a cidadania digital. Entre os signatários do documento estão o prof. Derrick de Kerckhove, da Un. de Toronto, Cosimo Accoto, research affiliate at MIT, Mario Pireddu, da Un. degli Studi della Tuscia,  José Bragança de Miranda, da Un. Nova de Lisboa, e Massimo di Felici, da USP. 

Segundo a página web do projeto, "o texto do Manifesto está dividido em quatro partes e tem como objetivo apresentar um campo de pesquisa, estudo e reflexão sobre as mudanças aportadas pela web e pelas redes digitais na participação dos cidadãos, nos processos decisórios e na política em geral". 

Destaque para o ítem 19 do tópico Educando para cidadania digital: "Educar para a cidadania digital é agora um dever para a nossa sociedade e para todas as instituições educacionais públicas e privadas. Significa educar para uma participação responsável, para uma interação consciente para contribuir a construir as habilidades de todos em um mundo cada vez mais conectado. Nossa tarefa é, portanto, aprender a construir redes melhores e mais inteligentes".

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Os princípios da internet livre e participativa

Artigo do jornal El País relata, além da iniciativa já conhecida de Tim Berners-Lee pela retomada de princípios centrais da internet livre e participativa, outros projetos importantes que buscam retomar o que a rede possui de melhor, com destaque para os projetos nos EUA (Solid) e no Brasil (rede social Multiverso).
Texto complementar sobre a privacidade na rede relata detalhes do ato de retomada da privacidade promulgado neste ano pela comunidade européia (GDPR) e os desafios para isso no Brasil.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Nova edição temática do LMT sobre As Interseções de Aprendizagem, Tecnologia e Política em um Clima de Medo e Opressão


Acaba de ser publicada nova edição temática, intitulada New Narratives for Solidarity, Resistance, and Indignation: The Intersections of Learning, Technology, & Politics in a Climate of Fear, Oppression (Novas Narrativas para Solidariedade, Resistência e Indignação: As Interseções de Aprendizagem, Tecnologia e Política em um Clima de Medo e Opressão) do periódico Learning, Media and Technology. Artigos abordam temáticas que incluem a resistência da juventude através da mídia artística, a resistência crítica de garotas negras através do Snapchat, o uso de espaços digitais para a resistência contra discursos maléficos, os memes e a violência simbólica, dentre outros.

No editorial, os pesquisadores Antero Garcia e Thomas M. Philip alertam para os riscos à democracia nos tempos atuais em todo o mundo. Eles apresentam o novo número afirmando que: "Esta edição apresenta uma pesquisa explorando como o atual ambiente sociopolítico nacionalista e opressivo - visto globalmente - molda as identidades dos jovens e as práticas de aprendizagem em ambientes formais e informais. Realizamos a curadoria desse trabalho para interrogar como o aprendizado e o papel da tecnologia são afetados e criamos um clima político que continua a levar a um aumento nos movimentos globais de extrema direita, como os que estão em evidência na esteira de recentes protestos importantes. eventos como o Brexit e a eleição presidencial dos EUA em 2016". E denunciam o avanço político conquistado com base em campanhas baseadas no racismo, intolerância religiosa, misoginia, xenofobia e agressão sexual, com desrespeito à ciência e ao meio ambiente. Práticas que, segundo os autores, continuam também a causar danos na sala de aula e no seio de muitas famílias, particularmente aquelas integradas por negros, refugiados, crianças e indivíduos LGBT+.

Os editores são enfáticos ao afirmarem que: "Escrevemos isso reconhecendo que a vasta maioria da pesquisa educacional - particularmente de sala de aula - é conduzida agora sem reconhecer os contextos sociopolíticos que pressionam as vidas dos jovens de hoje. À medida que os alunos freqüentam escolas nos EUA, são apresentados lembretes de que os jovens estão atualmente em gaiolas, são vítimas de violência e mortes desarmadas e são impingidos a debates sobre a moralidade da suposta agressão sexual. Para considerar a melhoria dos resultados de aprendizado dos alunos, devemos primeiro reconhecer os danos substanciais que estão sendo causados ​​tanto pela cegueira das escolas quanto às necessidades de cuidar dos jovens e as abordagens normativas da pesquisa educacional em comunidades vulneráveis".

E fazem um importante alerta aos pesquisadores do campo: “O foco para entender a interseção entre aprendizagem, tecnologia e política mudou nos últimos dois anos. Se estivéssemos escrevendo isso até dois anos atrás, nosso foco provavelmente teria sido o papel dos algoritmos na modelagem dos contextos e sistemas de aprendizado e política. No início de 2017, com o surgimento do escárnio por "notícias falsas" e o medo de bots, teríamos enfatizado o uso das mídias sociais para espalhar a desinformação. Enquanto escrevemos isso hoje, nos EUA podemos mudar o foco para as tentativas de Trump de controlar a disseminação de informações. A política da tecnologia e, por sua vez, a política de aprendizagem muda rapidamente. No centro desses contextos estão alguns temas básicos que devem ser centrados além da ênfase tecnológica: que informação pode ser confiável? E em que comunidades interagimos, contribuímos e aprendemos? Ferramentas e seus usos são muitas vezes centrados nas chamadas para pesquisa e política; alterar como os alunos interpretam as notícias, destacando a natureza opaca dos algoritmos e buscando soluções para as plataformas de mídias sociais voltadas para o lucro, que podem trafegar com uma retórica odiosa, destacam-se dentre as demandas da defesa liberal. No entanto, estes são parte e parcela de um reconhecimento mais duradouro de que - para muitas comunidades vulneráveis – nunca houve confiança em sistemas que não foram projetados por ou para eles; a confiança depende da identificação dentro de comunidades particulares, não de plataformas particulares ou paradigmas sociopolíticos”.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tim Berners-Lee lança movimento mundial a favor da internet livre e aberta


Tim Berners-Lee,  diretor do World Wide Web Consortium e considerado o "pai" da internet, lançou um site de petição pelos princípios essenciais da Internet Livre e Aberta na tentativa de barrar o monopólio da rede pelos cinco grandes grupos econômicos da área que a di$putam em detrimento dos reais interesses dos usuários. Neste vídeo Berners-Lee detalha esses princípios e o movimento atual encabeçado por ele.

O Projeto convida-nos também a enviar relatos em vídeos sobre nossos usos da Internet para a produção de um material audiovisual compilado a ser publicado no mês de março de 2019.

Segundo o website, o Contrato para a Web possui:
PRINCÍPIOS ESSENCIAIS
A web foi projetada para unir as pessoas e tornar o conhecimento disponível gratuitamente. Todo mundo tem um papel a desempenhar para garantir que a web sirva à humanidade. Ao se comprometer com os seguintes princípios, governos, empresas e cidadãos em todo o mundo podem ajudar a proteger a web aberta como um bem público e um direito básico para todos.
E esses princípios estabelecem que:

GOVERNOS:
Garantam que todos possam se conectar à Internet para que qualquer pessoa, não importa quem seja ou onde viva, possa participar ativamente online.

Mantenham toda a internet disponível, o tempo todo, para que ninguém tenha o direito de acesso total à internet.

Respeitem o direito fundamental das pessoas à privacidade para que todos possam usar a internet de forma livre, segura e sem medo.

EMPRESAS:
Tornem a Internet acessível e acessível a todos, para que ninguém seja excluído do uso e da configuração da Web.

Respeitem a privacidade e os dados pessoais dos consumidores para que as pessoas estejam no controle de suas vidas on-line.

Desenvolvam tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e desafiem o pior, para que a web seja realmente um bem público que coloque as pessoas em primeiro lugar.

CIDADÃOS:
Sejam criadores e colaboradores na web para que a web tenha conteúdo rico e relevante para todos.

Construam comunidades fortes que respeitem o discurso civil e a dignidade humana para que todos se sintam seguros e bem-vindos online.

Lutem pela web para que a web permaneça aberta e um recurso público global para pessoas em todos os lugares, agora e no futuro.