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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Meta-edtech, o significado de tecnologia educacional e Google e o "novo" professor: destaques da nova edição do Learning, Media and Technology

Acaba de ser publicada a primeira edição de 2021 do periódico Learning, Media and Technology (link). O editorial discute dois novos componentes do campo de estudo surgidos em 2020 e que denominam meta-edtech: "dois tipos específicos de organizações e plataformas de tecnologia associadas tornaram-se especialmente evidentes durante o primeiro ano da pandemia: novos intermediários de evidências edtech projetados para educar líderes, professores e especialistas em compras sobre as evidências de 'o que funciona' em tecnologia educacional; e empresas de inteligência de mercado edtech que ajudam os investidores a 'aprender' sobre o valor de investir em tecnologias educacionais"(em tradução livre). Segundo o editor Ben Williamson, meta-edtech "significa tecnologias educacionais emergentes relacionadas à edtech, desenvolvidas e hospedadas por organizações intermediárias que operam entre diferentes grupos constituintes do ecossistema edtech. Parece provável que as organizações meta-edtech e suas plataformas para avaliar edtech se tornarão cada vez mais influentes no financiamento e na modelagem do desenvolvimento e uso de edtech nos próximos anos". Nesta edição, destaque para dois artigos:

O primeiro é intitulado What in the world is educational technology? Rethinking the field from the perspective of the philosophy of technology, de Tao An e Martin Oliver. A partir de formulações filosóficas de Marx e Heidegger, o artigo propõe " uma fundação [filosófica] que possa ajudar os pesquisadores a repensar a tecnologia educacional, expandindo a pesquisa para dar conta das relações humano-educação, humano-tecnologia e educação-tecnologia. Propõe-se que as relações humano-educação devem fazer com que os alunos ‘se tornem o que são’, destacando sua subjetividade ao invés de se concentrar na informação. As relações homem-tecnologia podem mudar o foco da prática de design [da prática educacional], de modo que a tecnologia não seja vista apenas como uma ferramenta eficiente, mas como algo "útil" para as necessidades educacionais das pessoas".

O segundo artigo, que está aberto para livre acesso no momento no site da editora, é intitulado Google and the end of the teacher? How a figuration of the teacher is produced through an ed-tech discourse, de Malin Ideland. O artigo "analisa como se constrói a imagem do professor dentro de um discurso ed-tech e como ele organiza como pensamos o ensino hoje. Foi baseado em entrevistas com 25 ‘edupreneurs’ que vendem hardware, software e / ou desenvolvimento profissional para ferramentas digitais para escolas suecas. A análise ilumina como o "professor desejado" é semelhante ao que é conceituado como uma cultura do Vale do Silício, privilegiando características valorizadas no setor de TI. Esse professor orienta em vez de dar aulas, é flexível e está pronto para trabalhar quando e onde quer. Ele personaliza seu trabalho de acordo com o aluno e suas necessidades de conhecimento, localização e prazos, enfatizando que a educação é um negócio pessoal. Acredita-se que partes "enfadonhas" do trabalho (classificação e avaliação) sejam assumidas pela tecnologia. O professor deve ser aquele que promete diversão e criatividade para formar sonhadores do futuro e trabalhadores na economia do conhecimento".

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Nova edição da Technology, Pedagogy and Education critica frágil teorização na área

Acaba de ser publicada edição temática da revista Technology, Pedagogy and Education intitulada Theorising technology in education (Teorizando a tecnologia na educação). No editorial, os editores apontam avanços recentes no campo de pesquisas, mas afirmam que: "não há como evitar o fato de que existem deficiências na literatura sobre tecnologia na educação e questionamentos que tem sido feitos sobre: ​​abordagens super-deterministas; categorizações binárias; romantismo excessivo; resultados excessivamente descritivos; falta de envolvimento com metodologias decolonizadoras; e muito pouca teorização sobre ferramentas". Cada um desses seis tópicos listados é detalhado no artigo introdutório. Os autores concluem afirmando que: "Um desafio particular em teorizar a pesquisa em tecnologia é articular a relação entre pessoa, ferramenta e ambiente e, em particular, dizer algo sobre as oportunidades de agência individual, sem, como visto anteriormente, ser excessivamente otimista ou pessimista. Isso pode ser feito recorrendo a diferentes tradições disciplinares - não apenas a sociologia, mas também a filosofia, a lingüística ou os estudos literários e assim por diante. Isso também precisa ser feito olhando para trás, usando categorias conceituais do passado, mas adaptando-as para novos contextos". 


O número especial traz quatro artigos que apresentam estudos com maior densidade teórica, segundo os editores, e que versam sobre 1) brinquedos conectados à Internet em lares (aprendizagem informal) e ambientes da primeira infância (aprendizagem formal) e desenvolvimento de uma estrutura social ecológica para explicar o que está acontecendo; 2) analise dos padrões de desigualdade na alfabetização digital dos alunos a partir da teoria da prática de Pierre Bourdieu; 3) uso da Teoria ator-rede (TAR) em pesquisa sobre práticas de ensino e aprendizagem com alunos do ensino médio em uma escola na Austrália; e 4) o uso que os jovens fazem da tecnologia a fim de explicar seu comportamento com base  na Teoria das Zonas de Valsiner a fim de fornecer uma perspectiva sobre a agência como responsável pela participação social e pela internalização.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Nova agenda de pesquisas e problemas nas áreas de Mídia, Aprendizagem e Tecnologias

Nova edição do periódico Learning, Media and Technology traz artigo em que os editores listam as principais questões e problemas hoje colocadas ao campo de estudos sobre mídias, aprendizagem e tecnologias, reforçando a necessidade de pesquisadores identificarem problemas a serem investigados na área, afastando-se um pouco da prática bastante consolidada no campo de descobrir o que "funciona" na educação. O texto problematizador é bastante didático e está aberto para leitura. Segundo os editores, as principais temáticas a serem investigadas são (livre tradução minha): políticas de educação digital, a "ciência da aprendizagem" em edtech, retrocessos na edtech e dilemas éticos, perspectivas pós-humanas e socio-materiais, novos letramentos, perspectivas feministas em edtech, dentre outras. O número publicado também traz alguns outros artigos que, nesta edição, aparecem como livres para leitura, sem a necessidade de autenticação prévia.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Destaques do Congresso anual da ALT


O programa do congresso anual da ALT deste ano traz uma trilha temática intitulada Critical Perspectives in Learning Technology, marcadas em azul. Destaque para a palestra da socióloga e professora Tressie McMillan Cottom, da Virginia Commonwealth University, sobre desigualdade e sociedade digital . Ao longo do programa há apresentações marcadas com o ícone do Youtube, indicando transmissão ao vivo por streaming de vídeo. Destaque também para a apresentação, nesta terça-feira, do trabalho A personal, feminist and critical retrospective of Learning (and) Technology, 1994-2018 de Frances Bell e Catherine Cronin e, no dia 13, para o trabalho What lies beneath: Reflections on a community consultation and ethnographic research on the implications of the use of technology for teaching practices, de Lawrie Phipps e Donna M Lanclos.



25 anos da Lista de Discussão da ALT e Congresso Anual

O pesquisador britânico Martin Weller , da Open University, acaba de concluir uma série de 27 posts, em seu blog, sobre os 25 anos da Lista de Discussão da ALT em que detalha e analisa temáticas, tendências e questões que marcaram o período no campo das tecnologias digitais e educação. Vale muito ler e compartilhar o trabalho do pesquisador. 

A propósito, a conferência anual da ALT inicia-se amanhã e possibilita a participação remota com live streaming, etc.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Novos livros em educação, tecnologias e letramentos

A editora Routledge traz dois novos lançamento de interesse na área de estudos.  O recém-lançado The Routledge Handbook of Literacy Studies abrange desde os fundamentos teóricos dos estudos sobre letramentos às novas perspectivas digitais incluindo os elementos espaciais e temporais dessas novas práticas comunicativas. Livro editado pelas pesquisadoras Jennifer Rowsell e Kate Pahl. O outro lançamento estará disponível até o final deste ano a intitula-se Education and Technology, livro editado pelos pesquisadores Chris Davies e Rebecca Eynon da Universidade de Oxford, departamento de estudos da Internet. A obra é composta pela reedição de 83 artigos "clássicos" que compõem o multifacetado campo teóricos dos estudos da área nas últimas décadas. Contém textos que cobrem a vasta produção intelectual de Skinner a Pappert e Castells, dentre tantos outros pesquisadores (muitos deles já disponíveis gratuitamente online). Ao que tudo indica, será obra de referência obrigatória.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Entrevista com George Siemens



Interessados em conhecer melhor o pensamento de George Siemens (um dos principais articuladores da perspectiva teórica do Conectivismo) podem encontrar um bom material em uma entrevista concedidas por ele à Voice Magazine, do Canadá (conteúdo em inglês). Siemens fala sobre o papel das tecnologias digitais e das mídias na educação, sobre o Conectivismo e sobre sua experiência em design de cursos online.
A entrevista foi publicada em duas partes, nos links: umdois

terça-feira, 11 de março de 2014

Novas edições de periódicos internacionais


Virtual learning environments, social media and MOOCs: key elements in the conceptualisation of new scenarios in higher education: EADTU conference 2013

O periódico Technology, Pedagogy and Education acaba de publicar um número especial intitulado Designing Physical and Digital Learning Spaces for the Future (algo como Construindo espaços de aprendizagem físicos e virtuais para o futuro). O editorial está disponível para download gratuito. Já o periódico Open Learning: The Journal of Open, Distance and e-Learning traz edição temática intitulada Opening up education: the challenges for institutions offering online and blended learning. Research Papers from the EADTU conference 2013, baseada em trabalhos da referida conferência realizada no ano passado que abordou a transição das universidades européias para ações de educação online. O editorial pode ser visualizado online gratuitamente.