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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Estudo detalha o avanço da plataformização na educação superior da América Latina e da África

Relatório recente publicado pela equipe do projeto Observatório Educação Vigiada (link) apresenta indicadores que comprovam as crescentes ações das empresas Alphabet (Google) e Microsoft relacionadas às universidades públicas nos continentes da América Latina e da África. No que se refere ao nosso continente, a síntese dos resultados foi:

  • Foram pesquisadas 666 domínios de e-mail em 20 países;
  • Foram encontrados 646 domínios válidos de e-mail institucional;
  • 76% dos domínios válidos das Instituições Públicas de Ensino Superior da América Latina direcionam suas mensagens para servidores da Google e da Microsoft;
  • 58% dos domínios válidos estão armazenados na Google e 18% na Microsoft
  • Somente 24% dos domínios válidos estão armazenados em outros tipos de solução, majoritariamente servidores próprios e gerenciados pelas instituições.
  • Cuba é o único país da região com 100% dos servidores próprios, seguido por Uruguai, com 85%.

Os autores concluíram que: [...existe uma] " repetição das empresas que dominam a oferta de serviços: Microsoft e Google. Os dados brutos apontam para cenário díspar em diferentes países: com maior e menor domínio das Big Tech ou ainda a presença mais marcante de uma única empresa. Nesse sentido, e seguindo as experiências do mapeamento Sul-americano, os dados são uma fonte significativa de informações nos níveis nacional e institucional, abrindo espaços para investigações acerca dessas disparidades, considerando vetores e contextos políticos e econômicos locais". 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

As tecnologias digitais em rede e a (falta de) privacidade das crianças

Relatório recente da Human Rights Watch intitulado How dare they peep into my private life (Como eles se atrevem a espiar minha vida privada) (link) revelou enorme desrespeito à privacidade dos usuários como um mecanismo intrínseco ao funcionamento de diversas plataformas educacionais. A entidade analisou 164 interfaces educacionais utilizadas em 49 países, inclusive no Brasil, durante a pandemia da Covid-19 e recomendadas por governos locais para professores, pais e alunos e constatou que 89% delas (146) "parecem se envolver em práticas de dados que colocam os direitos das crianças em risco, contribuem para prejudicá-los ou violam ativamente esses direitos".

Segundo o relatório, as práticas envolvem ações bastante graves, até mesmo fora da escola e mesmo nos casos em que professores e pais pudessem estar cientes dos riscos e tentassem ajustar as funcionalidades da interface: "A maioria das plataformas de aprendizado on-line instalou tecnologias de rastreamento que acompanharam as crianças fora de suas salas de aula virtuais e pela Internet ao longo do tempo. Algumas crianças invisivelmente marcavam e imprimiam as impressões digitais de maneiras impossíveis de evitar ou se livrar – mesmo que as crianças, seus pais e professores estivessem cientes e tivessem o desejo e a alfabetização digital de fazê-lo – sem jogar o dispositivo no lixo". 

Uma das metas é gerar e vender dados das crianças para empresas da área de propaganda, visando ações de marketing digital e outras, detalha o relatório:  "A maioria das plataformas de aprendizado online enviou ou concedeu acesso a dados de crianças para empresas terceirizadas, geralmente empresas de tecnologia de publicidade (AdTech). Ao fazer isso, eles parecem ter permitido aos algoritmos sofisticados das empresas AdTech a oportunidade de unir e analisar esses dados para prever as características e interesses pessoais de uma criança e prever o que ela pode fazer em seguida e como ela pode ser influenciada".


segunda-feira, 15 de junho de 2020

IP.TV, usada por milhões na rede pública de ensino, tem ligações com bolsonaristas, revela The Intercept

Reportagem do site de notícias The Intercept (link) revela que a Ip.TV está sendo utilizada por 7,7 milhões de alunos em SP, Paraná, Amazonas, Pará e Piauí e é acusada de ser ligada a políticos bolsonaristas. Os repórteres Amanda Audi e Pedro Zambarda afirmam que "em um dos apps, os alunos são expostos diretamente a mentiras e teorias da conspiração bolsonaristas" e que "os aplicativos têm problemas: apresentam defeitos de transmissão de som e imagem e não funcionam em celulares mais antigos. Mais grave, entregam à IP.TV, a empresa que os desenvolveu, uma série de dados pessoais de estudantes menores de idade e seus professores". No aplicativo Mano, de streaming dessa empresa, o principal canal é a TV Bolsonaro e está acessível a todos os alunos usuários do serviço.


Segundo a reportagem, "para usar os aplicativos, professores e estudantes são obrigados a concordar com as políticas de privacidade, que incluem o acesso da IP.TV a dados das secretarias de educação, com informações como nome, e-mail, ano e série cursados. Além do álbum de fotos, os apps também podem ter acesso ao microfone do celular e a trocas de mensagens em grupos de bate-papo, que podem ficar guardadas por até seis meses. O Mano ainda pode exibir publicidade aos usuários – apesar de a IP.TV garantir que isso nunca foi feito".

terça-feira, 2 de julho de 2019

Google permite salvar notas de alunos online e oferece certificação

Google anuncia melhorias no Classroom, um novo aplicativo para gestão e ensino do Chromebook -- permitindo digitar e salvar notas e comentários sobre trabalhos de alunos on-line nos servidores da empresa -- e amplia programas e cursos com certificação para estudantes. A empresa não se limita mais apenas em desenvolver novas tecnologias para fins educacionais, mas oferece cursos online para certificação formal, em letramento digital no uso de suas próprias ferramentas por exemplo (uma ação antes restrita aos professores usuários) e em TI em geral. Medidas quanto à garantia da segurança e da privacidade dos dados de professores e alunos, informa o texto, estão sendo tomadas pelo Google em linha com o  Student Data Privacy Consortium e o  Family Online Safety Institute


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Manifesto para a cidadania e educação digital

Docentes e pesquisadores de algumas das mais reconhecidas instituições universitárias do mundo publicaram um manifesto para a cidadania digital. Entre os signatários do documento estão o prof. Derrick de Kerckhove, da Un. de Toronto, Cosimo Accoto, research affiliate at MIT, Mario Pireddu, da Un. degli Studi della Tuscia,  José Bragança de Miranda, da Un. Nova de Lisboa, e Massimo di Felici, da USP. 

Segundo a página web do projeto, "o texto do Manifesto está dividido em quatro partes e tem como objetivo apresentar um campo de pesquisa, estudo e reflexão sobre as mudanças aportadas pela web e pelas redes digitais na participação dos cidadãos, nos processos decisórios e na política em geral". 

Destaque para o ítem 19 do tópico Educando para cidadania digital: "Educar para a cidadania digital é agora um dever para a nossa sociedade e para todas as instituições educacionais públicas e privadas. Significa educar para uma participação responsável, para uma interação consciente para contribuir a construir as habilidades de todos em um mundo cada vez mais conectado. Nossa tarefa é, portanto, aprender a construir redes melhores e mais inteligentes".

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Os princípios da internet livre e participativa

Artigo do jornal El País relata, além da iniciativa já conhecida de Tim Berners-Lee pela retomada de princípios centrais da internet livre e participativa, outros projetos importantes que buscam retomar o que a rede possui de melhor, com destaque para os projetos nos EUA (Solid) e no Brasil (rede social Multiverso).
Texto complementar sobre a privacidade na rede relata detalhes do ato de retomada da privacidade promulgado neste ano pela comunidade européia (GDPR) e os desafios para isso no Brasil.


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tim Berners-Lee lança movimento mundial a favor da internet livre e aberta


Tim Berners-Lee,  diretor do World Wide Web Consortium e considerado o "pai" da internet, lançou um site de petição pelos princípios essenciais da Internet Livre e Aberta na tentativa de barrar o monopólio da rede pelos cinco grandes grupos econômicos da área que a di$putam em detrimento dos reais interesses dos usuários. Neste vídeo Berners-Lee detalha esses princípios e o movimento atual encabeçado por ele.

O Projeto convida-nos também a enviar relatos em vídeos sobre nossos usos da Internet para a produção de um material audiovisual compilado a ser publicado no mês de março de 2019.

Segundo o website, o Contrato para a Web possui:
PRINCÍPIOS ESSENCIAIS
A web foi projetada para unir as pessoas e tornar o conhecimento disponível gratuitamente. Todo mundo tem um papel a desempenhar para garantir que a web sirva à humanidade. Ao se comprometer com os seguintes princípios, governos, empresas e cidadãos em todo o mundo podem ajudar a proteger a web aberta como um bem público e um direito básico para todos.
E esses princípios estabelecem que:

GOVERNOS:
Garantam que todos possam se conectar à Internet para que qualquer pessoa, não importa quem seja ou onde viva, possa participar ativamente online.

Mantenham toda a internet disponível, o tempo todo, para que ninguém tenha o direito de acesso total à internet.

Respeitem o direito fundamental das pessoas à privacidade para que todos possam usar a internet de forma livre, segura e sem medo.

EMPRESAS:
Tornem a Internet acessível e acessível a todos, para que ninguém seja excluído do uso e da configuração da Web.

Respeitem a privacidade e os dados pessoais dos consumidores para que as pessoas estejam no controle de suas vidas on-line.

Desenvolvam tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e desafiem o pior, para que a web seja realmente um bem público que coloque as pessoas em primeiro lugar.

CIDADÃOS:
Sejam criadores e colaboradores na web para que a web tenha conteúdo rico e relevante para todos.

Construam comunidades fortes que respeitem o discurso civil e a dignidade humana para que todos se sintam seguros e bem-vindos online.

Lutem pela web para que a web permaneça aberta e um recurso público global para pessoas em todos os lugares, agora e no futuro.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Fórum da Internet no Brasil será na UFG em novembro

A 8ª edição do Fórum da Internet no Brasil está com inscrições abertas. O evento, promovido anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, será realizado de 4 a 7 de novembro no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia (GO), e contará com 27 workshops que abordarão temas como privacidade e proteção de dados, evolução da governança da Internet, liberdade de expressão, cibersegurança, inclusão digital, mercado de trabalho, Internet e jurisdição, mulheres na governança, entre outros. Os interessados em participar já podem se inscrever gratuitamente. A lista completa com os workshops selecionados já pode ser acessada também. (Com informações do BaixaCultura)