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segunda-feira, 15 de junho de 2020

"Aprendizagem online não é o futuro", afirma professor de universidade da Califórnia

O provocativo artigo intitulado Online Learning Is Not the Future (link) merece a nossa atenção por alguns motivos. O mais importante é que o professor Peter Herman, da área de literatura inglesa, mostra opiniões de seus alunos (considerados por ele nativos digitais, e residentes da Califórnia) que, pela primeira vez, vivenciaram cerca de metade do curso presencial e, com a chegada da pandemia do Covid-19, a outra metade do curso online. Ou seja, eles puderam comparar o mesmo curso nas duas modalidades. Obviamente, a segunda metade se deu de forma emergencial e com todos os problemas gerados pela pandemia. Ainda assim, os depoimentos dos alunos precisam ser ouvidos, argumenta Herman.

O mais contundente deles afirmou: "Alguns dos melhores cursos que fiz durante meu tempo na faculdade foram em turmas pequenas, onde o professor e os alunos desenvolvem um senso de confiança um com o outro. Essa confiança só pode ser alcançada pelo contato pessoa a pessoa. Existe esse nível de intimidade que simplesmente não pode se desenvolver em um ambiente online. A experiência da faculdade é realmente sobre fazer conexões humanas" (tradução livre). 

Em geral, os alunos reclamaram que "não pago mensalidade para assistir vídeos no Youtube sozinho"-- uma forte crítica a conteúdos gravados sem atividades interativas -- e da ausência/distanciamento do professor e da falta de práticas dialogadas de aprendizagem (professor-aluno; aluno-aluno). Outros depoimentos:

  • "[O curso] parecia fácil demais", escreveu um terceiro. "Não me senti desafiado como na primeira metade do semestre e senti que a qualidade do aprendizado havia caído muito." 
  • "Vi as palestras postadas, mas não estava aprendendo o material", escreveu outro. Ao todo, a mudança on-line causou "um profundo sentimento de perda". 
  • Um vídeo pré-gravado “é de longe o menos eficiente e benéfico [modo de aprendizado]. Vídeos pré-gravados não dão aos alunos espaço para fazer perguntas ou participar de discussões em classe”.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Nova edição do Computers & Education

Acaba de ser publicada nova edição do Computers & Education trazendo artigos inéditos com temáticas e metodologias diversas. Destaque para os artigos sobre a metodologia da "sala de aula invertida" e a satisfação dos alunos no ensino superior, um estudo longitudinal sobre uso de telefones celulares por alunos universitários, uma revisão dos estudos sobre sobrecarga cognitiva no uso de sistemas multimídia de aprendizagem e uma investigação sobre videogames e o desenvolvimento da habilidades cognitivas computacionais.



segunda-feira, 29 de abril de 2019

Novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior

Acaba de ser publicado novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior intitulado Challenges and Opportunities for use of Social Media in Higher Education

O pesquisador apresenta uma detalhada análise do tema, enfatizando problemas, oportunidades e algumas poucas experiências práticas na área, indicando simultaneamente o grande potencial do uso das mídias sociais na educação e os problemas envolvidos em tal uso, o que parece explicar, pelo menos em parte, sua baixa efetividade. 

Em trecho final do artigo, Anderson afirma que: "Dado o grande número de incógnitas que marcam o uso das mídias sociais descritas acima, o que podemos esperar da pesquisa educacional formal? Quando alguém examina criticamente a literatura de pesquisa sobre mídia social, chegamos a uma série de resultados infelizes e um tanto desanimadores. Muito da literatura de pesquisa é baseada em estudos de caso e descrições de uso - com uma escassez de dados empíricos - especialmente no que diz respeito aos resultados educacionais. Em uma revisão sistemática de 2017 de dez anos de uso de mídia social na educação básica, Greenhow & Askari (2017) descobriram que “o tipo de estudo mais prevalente conduzido relacionado ao nosso tópico focal foi a pesquisa sobre usos comuns. O tipo de estudo menos comum conduzido foi a pesquisa que estabeleceu a eficácia da tecnologia para melhorar o aprendizado dos alunos ”. Pesquisas relacionadas ao “uso comum” têm algum valor de exposição quando novas ferramentas são introduzidas nas salas de aula, mas fornecem muito pouca evidência relacionada ao custo ou à efetividade da aprendizagem"(tradução livre).