O pesquisador canadense Stephen Downes acaba de publicar artigo intitulado Newer Theories for Digital Learning Spaces (link). Na primeira parte do trabalho o autor apresenta uma ótima revisão das teorias clássicas e contemporâneas da aprendizagem, apontando algumas lacunas e refletindo sobre limites dessas proposições e sua ênfase em processos cognitivos e a centralidade no conhecimento. Na segunda parte do trabalho, identifica algumas teorias emergentes, incluindo pedagogia conectivista (desenvolvida por Downes e outros pesquisadores), ambientes de aprendizagem pessoal e práticas educacionais abertas, caracterizando-as e buscando relacioná-las com as lacunas e reflexões sobre as teorias apresentadas na primeira parte do trabalho. Por fim, o autor discute a própria natureza de uma teoria situada no campo da aprendizagem em torno do que argumenta serem os dois novos elementos da "geração (ou criação de conteúdo) e deontologia (identificação de qual pode ser a melhor, ou desejada, opção [ao se aprender algo])".
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quarta-feira, 5 de outubro de 2022
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Nova edição da Technology, Pedagogy and Education critica frágil teorização na área
Acaba de ser publicada edição temática da revista Technology, Pedagogy and Education intitulada Theorising technology in education (Teorizando a tecnologia na educação). No editorial, os editores apontam avanços recentes no campo de pesquisas, mas afirmam que: "não há como evitar o fato de que existem deficiências na literatura sobre tecnologia na educação e questionamentos que tem sido feitos sobre: abordagens super-deterministas; categorizações binárias; romantismo excessivo; resultados excessivamente descritivos; falta de envolvimento com metodologias decolonizadoras; e muito pouca teorização sobre ferramentas". Cada um desses seis tópicos listados é detalhado no artigo introdutório. Os autores concluem afirmando que: "Um desafio particular em teorizar a pesquisa em tecnologia é articular a relação entre pessoa, ferramenta e ambiente e, em particular, dizer algo sobre as oportunidades de agência individual, sem, como visto anteriormente, ser excessivamente otimista ou pessimista. Isso pode ser feito recorrendo a diferentes tradições disciplinares - não apenas a sociologia, mas também a filosofia, a lingüística ou os estudos literários e assim por diante. Isso também precisa ser feito olhando para trás, usando categorias conceituais do passado, mas adaptando-as para novos contextos".
O número especial traz quatro artigos que apresentam estudos com maior densidade teórica, segundo os editores, e que versam sobre 1) brinquedos conectados à Internet em lares (aprendizagem informal) e ambientes da primeira infância (aprendizagem formal) e desenvolvimento de uma estrutura social ecológica para explicar o que está acontecendo; 2) analise dos padrões de desigualdade na alfabetização digital dos alunos a partir da teoria da prática de Pierre Bourdieu; 3) uso da Teoria ator-rede (TAR) em pesquisa sobre práticas de ensino e aprendizagem com alunos do ensino médio em uma escola na Austrália; e 4) o uso que os jovens fazem da tecnologia a fim de explicar seu comportamento com base na Teoria das Zonas de Valsiner a fim de fornecer uma perspectiva sobre a agência como responsável pela participação social e pela internalização.
O número especial traz quatro artigos que apresentam estudos com maior densidade teórica, segundo os editores, e que versam sobre 1) brinquedos conectados à Internet em lares (aprendizagem informal) e ambientes da primeira infância (aprendizagem formal) e desenvolvimento de uma estrutura social ecológica para explicar o que está acontecendo; 2) analise dos padrões de desigualdade na alfabetização digital dos alunos a partir da teoria da prática de Pierre Bourdieu; 3) uso da Teoria ator-rede (TAR) em pesquisa sobre práticas de ensino e aprendizagem com alunos do ensino médio em uma escola na Austrália; e 4) o uso que os jovens fazem da tecnologia a fim de explicar seu comportamento com base na Teoria das Zonas de Valsiner a fim de fornecer uma perspectiva sobre a agência como responsável pela participação social e pela internalização.
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Novo artigo indaga: onde está a teoria no campo da tecnologia educacional?
Acaba de ser publicado no British Journal of Educational Technology o artigo intitulado Where is the “theory” within the field of educational technology research? O ótimo texto apresenta resultados das análises realizadas em 503 artigos recentes sobre estudos empíricos publicados nos três mais prestigiados periódicos da área, sendo que 40% deles não faziam qualquer menção à teoria. As teorias mais citadas nos demais artigos forma: Cognitive load theory, Technology acceptance model, Cognitive theory of multimedia learning, Social development theory, Self‐determination theory, Self‐regulated learning theory, Technological Pedagogical and Content Knowledge, Cognitive affective theory of learning with media.
Os autores concluíram que: "Na maioria dos casos, o envolvimento explícito com a teoria estava ausente. Muitos estudos foram totalmente desprovidos de teorias ou fizeram uso vago da teoria. Onde a teoria era explícita, os artigos eram mais propensos a usar a teoria para conceituar a pesquisa, para informar o processo de coleta ou análise de dados e para discutir os resultados. Muito poucos artigos relataram descobertas que nos ajudam a aprender algo novo sobre uma teoria em particular (ou seja, pouca evidência de avanço da teoria)"(tradução livre). Os editores do periódico sugerem, diante disso, que pesquisadores da área precisam ser mais explícitos sobre as teorias que orientam suas pesquisas.
Os autores concluíram que: "Na maioria dos casos, o envolvimento explícito com a teoria estava ausente. Muitos estudos foram totalmente desprovidos de teorias ou fizeram uso vago da teoria. Onde a teoria era explícita, os artigos eram mais propensos a usar a teoria para conceituar a pesquisa, para informar o processo de coleta ou análise de dados e para discutir os resultados. Muito poucos artigos relataram descobertas que nos ajudam a aprender algo novo sobre uma teoria em particular (ou seja, pouca evidência de avanço da teoria)"(tradução livre). Os editores do periódico sugerem, diante disso, que pesquisadores da área precisam ser mais explícitos sobre as teorias que orientam suas pesquisas.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Edição especial sobre Formação Docente na Era da Mobilidade
O periódico Tempos e Espaços em Educação, da Universidade Federal de Sergipe, acaba de publicar edição especial sobre Formação Docente na Era da Mobilidade com 11 artigos inéditos de pesquisadores das diversas regiões do país. O número atual traz também Seção Temática sobre Teorias Educacionais e Métodos de Pesquisa em Educação. Artigos de livre acesso para leitura e download.
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