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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Artigo indica pequeno ganho de aprendizagem de alunos menos privilegiados com o uso de tecnologias digitais na escola

Artigo recente publicado no periódico Computers & Education, baseado em ampla revisão de literatura, indicou que o uso de tecnologias digitais na escola pode ser ligeiramente benéfico na melhora da aprendizagem dos alunos menos privilegiados, seja daqueles que integram turmas diversas nos ditos países "desenvolvidos", seja tomando toda a população de estudantes dos chamados países "sub-desenvolvidos". Intitulado A meta-analysis on the effect of technology on the achievement of less advantaged students (link), o artigo analisou 72 estudos na temática e concluiu que "iniciativas de tecnologia educacional são consideradas como tendo um efeito pequeno, positivo e estatisticamente significativo que permanece mesmo após a correção para viés de publicação [...] o aprendizado assistido por computador e as intervenções comportamentais são mais eficazes em aumentar o desempenho de alunos menos favorecidos do que o simples acesso à tecnologia. Curiosamente, o efeito dessas duas intervenções parece ser de magnitude semelhante. Finalmente, o uso de tecnologias digitais está associado a melhorias ligeiramente maiores em matemática e ciências do que na área das humanidades". 

Nesse sentido, os autores destacam que "a disponibilização de tecnologias digitais precisa ser acompanhada de orientação e supervisão adequadas para garantir que todos os alunos possam aproveitar os benefícios da tecnologia para melhorar seu desempenho educacional".

E analisam: "em contextos socioeconômicos menos privilegiados, intervenções comportamentais utilizando tecnologias digitais podem precisar ser acompanhadas por outras medidas para serem mais eficazes. Por exemplo, intervenções que visam aumentar o envolvimento dos pais na educação podem funcionar melhor se forem complementadas por programas que forneçam conteúdo e suporte presencial. Embora as intervenções comportamentais sejam projetadas para superar barreiras psicológicas e informacionais, espera-se que esses outros programas tenham um impacto nas habilidades cognitivas dos alunos".

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Relatório da Unesco aponta impasses no uso das tecnologias digitais na educação

Nova publicação da Unesco, intitulada "Relatório de monitoramento global da educação, resumo, 2023: A tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?" (link), aponta diversos elementos importantes para se compreender avanços e dilemas existentes após algumas décadas do uso das tecnologias digitais a fim de aprimoramento do ensino e da aprendizagem escolar.  As principais conclusões foram apresentadas em 6 tópicos temáticos, destacando-se: 

  • Evidências sólidas e imparciais do impacto da tecnologia educacional são escassas. Boa parte das evidências são produzidas pelos que estão tentando vendê-las; 
  • A tecnologia pode ser uma salvação para a educação de milhões, mas exclui muito mais pessoas. Em todo o mundo, apenas 40% das escolas primárias, 50% das escolas de primeiro nível da educação secundária estão conectadas à internet; 
  • Algumas tecnologias educacionais podem melhorar alguns tipos de aprendizagem em alguns contextos. A tecnologia digital aumentou de forma dramática o acesso a recursos de ensino e aprendizagem, mas teve efeitos positivos baixos a moderados em alguns tipos de aprendizagem;
  • O conteúdo online aumentou sem que houvesse regulamentação suficiente de controle de qualidade ou diversidade. O conteúdo digital é produzido por grupos dominantes, o que afeta quem o acessa;
  • Compra-se tecnologia, muitas vezes, para “tapar um buraco”, sem olhar para os custos no longo prazo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Novo livro gratuito sobre tecnologias digitais e escolas na pandemia

Acaba de ser lançado novo livro gratuito sobre tecnologias digitais e escolas na pandemia (link para download gratuito) editado pela professora e pesquisadora Ana Elisa Ribeiro e pela doutoranda Pollyanna de Mattos Moura Vecchio do CEFET-MG. Intitulado Tecnologias digitais e escola: reflexões no projeto Aula Aberta durante a pandemia, a obra integra a série Linguagens e Tecnologias da editora Parábola e é um desdobramento de lives conduzidas por Ribeiro no Instagram (@anadigital) com autores dos capítulos durante os primeiros meses da pandemia do COVID-19 e integra o projeto de extensão Aula Aberta do centro tecnológico. O coordenador do grupo LER, convidado a participar de uma das lives, contribuiu com o capítulo intitulado A EaD, os desafios da educação híbrida e o futuro da educação. Também contribuíram para obra pesquisadoras renomadas da UFMG, como Carla Coscarelli e Vera Lúcia Menezes Paiva, da UNICAMP, Roxane Rojo, e de outras importantes universidades de diversos estados do país.

Na Apresentação da obra, as editoras destacam que: "Cada autor(a) escreveu segundo a linguagem que quis, de acordo com o que expôs em nossa live. O volume foi, então, organizado seguindo uma trilha que apresenta, primeiramente, textos mais teóricos ou reflexivos sobre educação, tecnologias e pandemia e, em seguida, dispusemos os capítulos que propõem ou explicitam práticas que integram tecnologias digitais e escola. Assim, mais detalhadamente, na primeira parte estão os capítulos que tentam entender a situação peculiar da educação brasileira no contexto da pandemia, levando o leitor à reflexão sobre teorias que englobam questões relativas ao uso das tecnologias na educação, passando também pela discussão sobre políticas públicas que deveriam subsidiar a democratização do acesso às tecnologias digitais e em rede. Na segunda parte, o(a) leitor(a) encontrará estudos que, além de teorizarem sobre o assunto, propõem atividades bastante específicas para serem desenvolvidas em ambiente presencial ou remoto e que envolvem o uso de ferramentas digitais".

terça-feira, 27 de agosto de 2019

GitHub Classroom lança integração com AVAs populares

O portal/comunidade GitHub, que pertence à Microsoft, lançou recentemente a integração automática da área educacional da interface, chamada GitHub Classroom, com AVAs que têm se tornado muito populares, como Google Classroom, Moodle, Canvas e D2L Brightspace (o Blackboard poderá aderir em breve). O GitHub é um dos maiores portais para o desenvolvimento compartilhado de projetos na área da computação e busca fomentar a criação e o desenvolvimento de desenvolvedores de novos projetos.

A razão anunciada para a integração é que, dessa forma, conteúdos e práticas do ensino de ciências da computação (programação, em particular) hospedados pela comunidade de desenvolvedores no GitHub poderão chegar de forma mais fácil e direta às escolas que utilizam os AVAs parceiros, difundindo e ampliando o ensino da computação.

O GitHub Classroom permite que professores utilizem o fluxo de trabalho do GitHub em sala de aula, criando links das tarefas com o código inicial a ser desenvolvido.



terça-feira, 2 de julho de 2019

Google permite salvar notas de alunos online e oferece certificação

Google anuncia melhorias no Classroom, um novo aplicativo para gestão e ensino do Chromebook -- permitindo digitar e salvar notas e comentários sobre trabalhos de alunos on-line nos servidores da empresa -- e amplia programas e cursos com certificação para estudantes. A empresa não se limita mais apenas em desenvolver novas tecnologias para fins educacionais, mas oferece cursos online para certificação formal, em letramento digital no uso de suas próprias ferramentas por exemplo (uma ação antes restrita aos professores usuários) e em TI em geral. Medidas quanto à garantia da segurança e da privacidade dos dados de professores e alunos, informa o texto, estão sendo tomadas pelo Google em linha com o  Student Data Privacy Consortium e o  Family Online Safety Institute


quinta-feira, 11 de abril de 2019

China utiliza tecnologia de IA para reconhecimento facial e rankeamento de alunos em sala de aula

Reportagem do website Sixth Tone detalha como a China tem utilizado variadas tecnologias de monitoramento por imagens e de reconhecimento facial dos estudantes em sala de aula através de projetos piloto de Inteligência Artificial que atribuem notas de desempenho aos estudantes a fim de "aprimorar a educação no país". 

Segundo o texto, um dos programas utilizados em uma escola de Beijing fotografa a sala de aula a cada segundo e as imagens do rosto de cada aluno são analisadas por algoritmos a partir de categorias tais como ouvindo, respondendo perguntas, escrevendo, interagindo com outros alunos ou dormindo. Em algumas escolas, estudantes desconectaram as câmeras do sistema em sinal de protesto.




quinta-feira, 14 de agosto de 2014