terça-feira, 2 de abril de 2019

Livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, disponível para download gratuito

O livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, lançado em 2018, está disponível para download gratuito no website da Editora da UFBA. Fruto de uma disciplina de graduação ministrada pelo pesquisador da UFBA, a obra aborda os episódios de quatro temporadas da série da televisão britânica para debater sobre diversos conceitos do campo dos estudos da Cibercultura. 

Segundo o autor, "a escolha da série se deu por sua grande repercussão no brasil e por ela tocar em temas caros à área de comunicação, tais como a sociedade midiática, a sociedade do espetáculo, as mídias digitais, as redes sociais, as questões do corpo, da vigilância e das demais tecnologias e processos comunicacionais em interface com os problemas da cultura contemporânea". Todos os alunos da referida disciplina assistiram aos episódios e participaram ativamente de debates sobre os conteúdos, tendo todos os nomes listados na seção de Agradecimentos da obra.

domingo, 31 de março de 2019

Novos livros e podcast sobre a sociedade da vigilância em rede

O Anticast acaba de publicar novo conteúdo em que o professor e jornalista Ivan Mizanzuk entrevista Fernanda Bruno (Medialab / UFRJ) e Rodrigo Firmino (PPGTU / PUCPR), autores do livro “Tecnolopolíticas da Vigilância: Perspectivas da Margem”, e aborda o conceito de tecnopolítica, as formas dos cidadãos de protegerem contra a vigilância em rede, e monitora ações recentes nesse campo. Ao interessados na temática, recomendamos também a leitura do novo livro The Age of Surveillance Capitalism, da professora de Harvard Shoshana Zuboff, e os trabalho da LAVITS, a Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade.
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quinta-feira, 14 de março de 2019

Diretrizes para edição ética de trabalhos acadêmicos

A associação dos editores do Canadá publicou no início desse ano uma atualização das diretrizes para a edição ética de trabalhos de alunos do ensino superior (graduação e pós-graduação). Os documentos, livres para download, detalham os três tipos de edição a serem feitas pelos professores orientadores a partir da anuência dos próprios alunos: apenas indicar erros, corrigir erros ou uma combinação de ambos Os procedimentos de edição ética são endossados por importantes universidades de língua inglesa ao redor do mundo e há diretrizes inclusive par trabalhos de alunos dessas universidades mas cuja língua primária não é o inglês.


segunda-feira, 11 de março de 2019

Novo artigo sobre tipos de estudantes dos MOOCS

Grupo de pesquisadores canadenses publica excelente artigo em que resgatam categorias/tipologias de estudantes de MOOCs e apresentam nova metodologia utilizada no estudo relatado. Destaque para o uso dos clusters que incluem as ações desenvolvidas pelos estudantes no MOOC e o refinamento da tipologia dos seis tipos de estudantes identificados. Muito importante destacar a conclusão dos pesquisadores de que muitos estudantes de MOOCs NÃO SÃO estudantes típicos do ensino presencial (em tradução livre): 

"Estes resultados levantam questões sobre a tendência geral de considerar os estudantes do MOOC como equivalentes aos estudantes, para projetar os cursos do MOOC como se os alunos seguissem apenas o caminho ditado por seus instrutores, e julgar o sucesso do MOOC pelos padrões dos cursos para crédito. Eles esclarecem as características, motivações e perspectivas dos alunos com perfis diferentes dos perfis dos alunos [do presencial tradicional]. Estes resultados sugerem que a maneira como os MOOCs são projetados pode ter que ser reconsiderada para permitir e encorajar essas formas alternativas de participação em um MOOC, mas uma melhor compreensão desses perfis seria necessária para isso". 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Ajude a (re)definir o que é digital literacy (letramento digital)

Ao buscar (re)definir digital literacy (letramento digital), em projeto de entidades educacionais dos EUA, o pesquisador Ian O'Byrne está desenvolvendo esse processo de forma aberta e colaborativa na internet utilizando pelo menos dois recursos interativos, o hypothesis.is (um organizador de conteúdos web) e o FlipGrid, onde se pode enviar vídeos anotados. O pesquisador disponibilizou um texto com proposições conceituais e questões acerca da (re)definição do conceito. Equipes da  International Literacy Association (ILA) e do National Council of Teachers of English (NCTE) participam do trabalho. O blog de O'Byrne pode ser acessado aqui.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

ALAI publica revista temática Redes sociales: enredos y desenredos

A revista da rede de notícias ALAI (America Latina en Movimiento) publicou número temático, no final do ano de 2018, intitulado Redes sociales: enredos y desenredos e que pode ser acessado para livre download. Trata-se de uma coletânea de artigos curtos escritos por jornalistas, pesquisadores e ativistas de países da região e que analisam importantes aspectos da temática e traçam um bom panorama de questões e ações em desenvolvimento na América Latina hoje. Ao final, a publicação apresenta uma síntese dos resultados dos trabalhos desenvolvidos durante o Seminario Internacional: Desenredando las redes sociales digitales (relatório completo aqui).


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Novo número temático sobre TICs e educação da revista britânica Impact

Acaba de ser publicada edição temática da revista britânica Impact com dezenas de artigos de pesquisadores sobre a área de tecnologias digitais na educação e temáticas emergentes. Veja os artigos aberto para leitura livre, sem necessidade de associação, aqui.

No editorial, o veterano pesquisador da área Neil Selwyn faz um breve balanço das últimas décadas de pesquisas e práticas nesse campo e aponta para as dificuldades em se obter progressos nas escolas, na aprendizagem e nas práticas dos professores, sem incorrer no erro de culpar os docentes. Ao contrário, o pesquisador insinua que os interesses dos fabricantes de tecnologias digitais têm sido um grave problema e alerta contra o entusiasmo vazio sempre gerado pelas inovações tecnológicas -- o que a história em geral desconstrói -- e aponta algumas diretrizes mais simples para o campo de pesquisa e a prática docente atual. Ao concluir, Selwyn afirma que (em tradução livre):

"Tudo isso aponta para a necessidade de abordar o uso da tecnologia nas escolas de uma maneira mais realista do que idealista. Isso envolve ser questionador, objetivo, perspicaz, desinteressado e desapaixonado quando se trata das alegações feitas sobre tecnologias específicas. Isso envolve estar curioso sobre os problemas - assim como o potencial - de novas tecnologias. Acima de tudo, isso envolve ver a tecnologia digital como algo que requer muita reflexão e colaboração com os outros ao seu redor.

A tecnologia digital, sem dúvida, envolve mais (e não menos) pensamento e esforço para os professores. É claro que há muitos benefícios a serem obtidos ao se envolver com a grande variedade de oportunidades digitais que estão agora disponíveis para as escolas. No entanto, talvez seja mais proveitoso ver sempre a tecnologia digital como uma escolha. A tecnologia digital não é algo que os professores tenham que se adaptar da melhor maneira possível. Em vez disso, a tecnologia digital deve ser algo com o qual você se envolve em seus próprios termos, para atingir seus próprios objetivos e atender às suas próprias necessidades. Usada adequadamente, a tecnologia digital pode ser uma adição poderosa ao repertório de qualquer professor. Espero que esses artigos forneçam muito alimento para o pensamento."


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Manifesto para a cidadania e educação digital

Docentes e pesquisadores de algumas das mais reconhecidas instituições universitárias do mundo publicaram um manifesto para a cidadania digital. Entre os signatários do documento estão o prof. Derrick de Kerckhove, da Un. de Toronto, Cosimo Accoto, research affiliate at MIT, Mario Pireddu, da Un. degli Studi della Tuscia,  José Bragança de Miranda, da Un. Nova de Lisboa, e Massimo di Felici, da USP. 

Segundo a página web do projeto, "o texto do Manifesto está dividido em quatro partes e tem como objetivo apresentar um campo de pesquisa, estudo e reflexão sobre as mudanças aportadas pela web e pelas redes digitais na participação dos cidadãos, nos processos decisórios e na política em geral". 

Destaque para o ítem 19 do tópico Educando para cidadania digital: "Educar para a cidadania digital é agora um dever para a nossa sociedade e para todas as instituições educacionais públicas e privadas. Significa educar para uma participação responsável, para uma interação consciente para contribuir a construir as habilidades de todos em um mundo cada vez mais conectado. Nossa tarefa é, portanto, aprender a construir redes melhores e mais inteligentes".

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Os princípios da internet livre e participativa

Artigo do jornal El País relata, além da iniciativa já conhecida de Tim Berners-Lee pela retomada de princípios centrais da internet livre e participativa, outros projetos importantes que buscam retomar o que a rede possui de melhor, com destaque para os projetos nos EUA (Solid) e no Brasil (rede social Multiverso).
Texto complementar sobre a privacidade na rede relata detalhes do ato de retomada da privacidade promulgado neste ano pela comunidade européia (GDPR) e os desafios para isso no Brasil.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Nova edição temática do LMT sobre As Interseções de Aprendizagem, Tecnologia e Política em um Clima de Medo e Opressão


Acaba de ser publicada nova edição temática, intitulada New Narratives for Solidarity, Resistance, and Indignation: The Intersections of Learning, Technology, & Politics in a Climate of Fear, Oppression (Novas Narrativas para Solidariedade, Resistência e Indignação: As Interseções de Aprendizagem, Tecnologia e Política em um Clima de Medo e Opressão) do periódico Learning, Media and Technology. Artigos abordam temáticas que incluem a resistência da juventude através da mídia artística, a resistência crítica de garotas negras através do Snapchat, o uso de espaços digitais para a resistência contra discursos maléficos, os memes e a violência simbólica, dentre outros.

No editorial, os pesquisadores Antero Garcia e Thomas M. Philip alertam para os riscos à democracia nos tempos atuais em todo o mundo. Eles apresentam o novo número afirmando que: "Esta edição apresenta uma pesquisa explorando como o atual ambiente sociopolítico nacionalista e opressivo - visto globalmente - molda as identidades dos jovens e as práticas de aprendizagem em ambientes formais e informais. Realizamos a curadoria desse trabalho para interrogar como o aprendizado e o papel da tecnologia são afetados e criamos um clima político que continua a levar a um aumento nos movimentos globais de extrema direita, como os que estão em evidência na esteira de recentes protestos importantes. eventos como o Brexit e a eleição presidencial dos EUA em 2016". E denunciam o avanço político conquistado com base em campanhas baseadas no racismo, intolerância religiosa, misoginia, xenofobia e agressão sexual, com desrespeito à ciência e ao meio ambiente. Práticas que, segundo os autores, continuam também a causar danos na sala de aula e no seio de muitas famílias, particularmente aquelas integradas por negros, refugiados, crianças e indivíduos LGBT+.

Os editores são enfáticos ao afirmarem que: "Escrevemos isso reconhecendo que a vasta maioria da pesquisa educacional - particularmente de sala de aula - é conduzida agora sem reconhecer os contextos sociopolíticos que pressionam as vidas dos jovens de hoje. À medida que os alunos freqüentam escolas nos EUA, são apresentados lembretes de que os jovens estão atualmente em gaiolas, são vítimas de violência e mortes desarmadas e são impingidos a debates sobre a moralidade da suposta agressão sexual. Para considerar a melhoria dos resultados de aprendizado dos alunos, devemos primeiro reconhecer os danos substanciais que estão sendo causados ​​tanto pela cegueira das escolas quanto às necessidades de cuidar dos jovens e as abordagens normativas da pesquisa educacional em comunidades vulneráveis".

E fazem um importante alerta aos pesquisadores do campo: “O foco para entender a interseção entre aprendizagem, tecnologia e política mudou nos últimos dois anos. Se estivéssemos escrevendo isso até dois anos atrás, nosso foco provavelmente teria sido o papel dos algoritmos na modelagem dos contextos e sistemas de aprendizado e política. No início de 2017, com o surgimento do escárnio por "notícias falsas" e o medo de bots, teríamos enfatizado o uso das mídias sociais para espalhar a desinformação. Enquanto escrevemos isso hoje, nos EUA podemos mudar o foco para as tentativas de Trump de controlar a disseminação de informações. A política da tecnologia e, por sua vez, a política de aprendizagem muda rapidamente. No centro desses contextos estão alguns temas básicos que devem ser centrados além da ênfase tecnológica: que informação pode ser confiável? E em que comunidades interagimos, contribuímos e aprendemos? Ferramentas e seus usos são muitas vezes centrados nas chamadas para pesquisa e política; alterar como os alunos interpretam as notícias, destacando a natureza opaca dos algoritmos e buscando soluções para as plataformas de mídias sociais voltadas para o lucro, que podem trafegar com uma retórica odiosa, destacam-se dentre as demandas da defesa liberal. No entanto, estes são parte e parcela de um reconhecimento mais duradouro de que - para muitas comunidades vulneráveis – nunca houve confiança em sistemas que não foram projetados por ou para eles; a confiança depende da identificação dentro de comunidades particulares, não de plataformas particulares ou paradigmas sociopolíticos”.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tim Berners-Lee lança movimento mundial a favor da internet livre e aberta


Tim Berners-Lee,  diretor do World Wide Web Consortium e considerado o "pai" da internet, lançou um site de petição pelos princípios essenciais da Internet Livre e Aberta na tentativa de barrar o monopólio da rede pelos cinco grandes grupos econômicos da área que a di$putam em detrimento dos reais interesses dos usuários. Neste vídeo Berners-Lee detalha esses princípios e o movimento atual encabeçado por ele.

O Projeto convida-nos também a enviar relatos em vídeos sobre nossos usos da Internet para a produção de um material audiovisual compilado a ser publicado no mês de março de 2019.

Segundo o website, o Contrato para a Web possui:
PRINCÍPIOS ESSENCIAIS
A web foi projetada para unir as pessoas e tornar o conhecimento disponível gratuitamente. Todo mundo tem um papel a desempenhar para garantir que a web sirva à humanidade. Ao se comprometer com os seguintes princípios, governos, empresas e cidadãos em todo o mundo podem ajudar a proteger a web aberta como um bem público e um direito básico para todos.
E esses princípios estabelecem que:

GOVERNOS:
Garantam que todos possam se conectar à Internet para que qualquer pessoa, não importa quem seja ou onde viva, possa participar ativamente online.

Mantenham toda a internet disponível, o tempo todo, para que ninguém tenha o direito de acesso total à internet.

Respeitem o direito fundamental das pessoas à privacidade para que todos possam usar a internet de forma livre, segura e sem medo.

EMPRESAS:
Tornem a Internet acessível e acessível a todos, para que ninguém seja excluído do uso e da configuração da Web.

Respeitem a privacidade e os dados pessoais dos consumidores para que as pessoas estejam no controle de suas vidas on-line.

Desenvolvam tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e desafiem o pior, para que a web seja realmente um bem público que coloque as pessoas em primeiro lugar.

CIDADÃOS:
Sejam criadores e colaboradores na web para que a web tenha conteúdo rico e relevante para todos.

Construam comunidades fortes que respeitem o discurso civil e a dignidade humana para que todos se sintam seguros e bem-vindos online.

Lutem pela web para que a web permaneça aberta e um recurso público global para pessoas em todos os lugares, agora e no futuro.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

As tecnologias digitais e a educação a distância no novo livro Reinventando Freire

O Instituto Paulo Frente lançou, em parceira com o professor Martin Carnoy, da Stanford University, o livro intitulado Reiventando Freire. A Práxis do Instituto Paulo Freire em celebração ao aniversário de 50 anos do livro A Pedagogia do Oprimido. A obra está disponível para download gratuito mediante cadastro e centra-se na atualidade das ideias e proposições do mais importante filosofo da educação brasileiro. Segundo Moacir Gadotti, organizador da obra e co-editor do livro, "a educação, no mundo, passa por uma crise grave, associada à crise civilizatória atual, e Paulo Freire pode ser uma inspiração para o surgimento de novas políticas públicas de educação [...] Sim, nós temos referenciais. Nós temos caminhos a seguir. Não estamos perdidos. Nós caminhamos por sendas de lutas e utopias, com um novo jeito de caminhar, juntos, na reinvenção de Freire, mantendo viva a luta por uma educação emancipadora. E somos apaixonados pelo que fazemos".


Além das discussões de temática geral a partir dos princípios da obra freireana, o livro contém capítulos que buscam dialogar mais especificamente com o campo das tecnologias digitais na educação e a EaD. Nesses casos, reforçam diversos princípios do pensamento e da práxis freireana, mas se fragilizam ao revelar dificuldades par abordar especificidades das práticas ciberculturais e dos sujeitos que atuam em redes, distanciando-se por vezes de problemáticas centrais do campo do ensinar e do aprender hoje. Paulo Blikstein (Stanford University), em capítulo intitulado Paulo Freire vai a Palo Alto: tecnologias e pedagogias ensinar progressistas, argumenta que a busca de uma real "educação personalizada" e da Cultura Maker nas escolas de elite localizadas no coração do capitalismo norte-americano abrem espaço para muitas ideias de Freire hoje naquele país, onde tradicionalmente já estão muito presentes nas iniciativas da educação progressista junto às camadas menos favorecidas economicamente.

Na seção da obra dedicada ao Ensino Superior, Paulo Roberto Padilha (USP) contribui com o capítulo intitulado EAD freireana como educação emancipatória e criativa, com base na colaboração com fins de formação crítica e construção criativa e coletiva do conhecimento em comunidades virtuais de aprendizagem, ainda que de forma pouco detalhada e sem tratar de muitas das especificidades de práticas atuais dos estudantes com tecnologias digitais em rede. Anderson Fernandes de Alencar (USP/UFRPE) é o autor do capítulo Lições do passado e educação do futuro: informática, software livre e compartilhamento do conhecimento em Paulo Freire. Com base em pesquisa para sua dissertação de mestrado, o autor apresenta aspectos da filosofia do software livre e menciona brevemente o que chama de Pedagogia da Migração, referindo-se a experiência de troca de software proprietário por software livre por uma ONG pesquisada. No tópico sobre compartilhamento do conhecimento,  relata a experiência do projeto “Paulo Freire Memória e Presença: preservação e democratização do acesso ao patrimônio cultural brasileiro. O autor aponta também para o papel das metodologias da sala de aula invertida, do ensino híbrido e da produção de conhecimento com liberdade e autonomia para o futuro da educação de base freireana.


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Novo livro sobre análise de redes sociais

Pesquisadores da UFMG lançaram recentemente livro, disponível na internet e gratuito para download, que aborda em profundidade as teorias e práticas de pesquisa sobre redes sociais. A obra, intitulada Análise de Redes em Ciências Sociais, parte de conceitos clássico da sociologia de Georg Simmel e apresenta conceitos diversos relacionados ao objeto de estudo. Traz também exercícios reflexivos e práticos que permitem ao leitor se familiarizar com alguns conceitos tratados, bem como um exercício mais robusto de análise de redes utilizando-se dois softwares recomendados, Ucinet e Pajek. O trabalho é fruto das atividades do grupo interdisciplinar de pesquisas GIARS.


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

VIII Fórum da Internet no Brasil acontece a partir de hoje


Realiza-se a partir de hoje, em Goiânia, o VIII Fórum da Internet do Brasil, que discute diversos aspectos de governança da rede e é promovido anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) desde 2011 e consiste em atividade preparatória para o Fórum de Governança da Internet (IGF), evento global promovido pela Organização das Nações Unidas na próxima semana em Paris. Algumas atividades estão sendo transmitidas ao vivo pelo link. A participação remota em tempo real pode ser realizada através do WebApp do evento. O evento segue até o dia 07 deste mês.




Edição especial sobre Formação Docente na Era da Mobilidade

O periódico Tempos e Espaços em Educação, da Universidade Federal de Sergipe, acaba de publicar edição especial sobre Formação Docente na Era da Mobilidade com 11 artigos inéditos de pesquisadores das diversas regiões do país. O número atual traz também Seção Temática sobre Teorias Educacionais e Métodos de Pesquisa em Educação. Artigos de livre acesso para leitura e download.


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Artigo sobre imagens falsas defende a importância do letramento digital dos internautas

Acaba de ser publicado o artigo Fake images: The effects of source, intermediary, and digital media literacy on contextual assessment of image credibility online (Imagens falsas: O papel das fontes, dos intermediários e do letramento digital na avaliação contextual da credibilidade de imagens online) de autoria da co-fundadora do Computational Communication Research Lab da UC Davis e colegas pesquisadores. 

A pesquisa concluiu que: "as habilidades dos participantes para utilizarem a internet, a experiência deles com a edição de fotos e a frequência do uso de mídias sociais foram indicadores significativos da avaliação da credibilidade da imagem, enquanto a maioria das pistas sociais e heurísticas de credibilidade on-line (por exemplo, confiabilidade com base na fonte/origem, confiança intermediária da imagem com base nos compartilhamentos anteriores) não tiveram impacto significativo na avaliação da credibilidade das imagens".

Ou seja, as habilidades, conhecimentos e visão crítica das pessoas sobre a internet, decorrentes de suas experiências com redes e interfaces, é que as tornam mais aptas a identificarem falsas imagens e se protegerem contra a manipulação de que são alvo. E, não, a identificação da fonte da imagem (um jornal de prestígio, uma rede de TV) ou quem compartilhou a imagem. Isso reforça a importância e a necessidade de que os internautas possuam um bom letramento digital para que possam identificar e rejeitar essas imagens falsas que circulam na internet.

Uma reportagem com base no artigo ampliou um pouco dos debates com pontos interessantes e úteis e alguns que fogem um pouco da problemática, mas vale a leitura aqui.


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Curso E-Learning 3.0 explora práticas da aprendizagem on-line atual

O pesquisador canadense Stephen Downes, um dos formuladores do campo teórico do Conectivismo,  lança hoje seu novo curso on-line E-Learning 3.0, gratuito e aberto. Como já ocorreu em anos anteriores, o curso utilizará alguns pressupostos teóricos do Conectivismo para discutir os caminhos atuais da aprendizagem on-line utilizando fortemente as ações reais e autênticas dos aprendizes na internet como parte central do processo -- ao contrário do desenho tradicional em que todos os conteúdos e atividades são previamente disponibilizados em um AVA tradicional. A hastag do curso é #el30.

Os interessados já podem se inscrever para que recebam a newsletter do curso, que já é parte das ações em desenvolvimento a partir de hoje, 15 de outubro.

O vídeo introdutório ao curso, realizado em uma sessão interativa ao vivo, e a home page do curso já estão disponíveis aqui. No vídeo, Downes explica as características específicas do curso via MOOCs conectivistas em que os alunos/participantes desempenham papel ativo compartilhando suas opiniões e conteúdos originais desenvolvidos com base nos temas e debates realizados semanalmente, gerando uma construção coletiva, descentralizada e compartilhada do curso. Todo o conteúdo produzido será etiquetado, coletado pela tecnologia grasshopper e, posteriormente, organizado e redistribuído aos participantes por Downes (os detalhes desses elementos operacionais do curso estão no vídeo introdutório a partir do minuto 15).

Comentários e trocas podem ser realizadas também utilizando a hastag #el30 via Twitter ou Mastodon. O primeiro convidado para o debate ao vivo via homepage do curso será George Siemens.






terça-feira, 9 de outubro de 2018

Conferência AoIR2018 discute o futuro dos estudos críticos da internet

Acontece nesta semana em Montreal, Canadá, a AoIR2018, conferência internacional promovida anualmente pela Association of Internet Researchers (associação de pesquisadores da internet) e que inclui palestras, diversos painéis temáticos, mesas redondas, workshops e comunicação de trabalhos científicos sobre temas variados relacionados à internet, suas tecnologias e práticas. Um dos destaques do encontro será a palestra do pesquisador, poeta e desenvolvedor de software, de origem indígena, Jason Edward Lewis. Seu trabalho de pesquisa na Concordia University inclui estudos sobre novos meios de criar e ler textos digitais, desenvolvimento de sistemas de uso criativo da tecnologia móvel e uso de ambientes virtuais para ajudar comunidades aborígines a preservar, interpretar e comunicar suas histórias culturais.

Outro destaque será o painel temático, integrado por quatro jovens pesquisadores, em que será abordado o tema: Materialidades Transnacionais e o Futuro dos Estudos Críticos da Internet. Questões norteadoras desse debate incluem: Dadas as materialidades transnacionais da internet, podemos/deveríamos ter uma internet diferente? Como seria uma internet diferente em termos de infraestrutura, protocolos, plataformas ou governamentalidades? Podemos/devemos ter epistemologias, ontologias e metodologias de diferentes tipos de pesquisa na internet?

Os pesquisadores brasileiros Carlos D'Andrea e André Mintz, da UFMG, irão apresentar o trabalho intitulado Studying "Live"Cross-Plataform Circulation of Images with Computer Vison API: an experiment based on a sports media event. Gabriela Zago, Raquel Recuero e Felipe Soares são os autores do artigo Political Fandoms and Superparticipants in Political Conversations on Twitter. E William Fernandes e João Carlos Magalhães apresentarão o paper intitulado Me, Myself and the Algorithm: how Twitter users talk about the “algorithm” to perform themselves.
Veja a programação completa aqui.




sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Palestra na UFMG sobre interfaces digitais para EaD e técnica de rastreamento ocular

O professor coordenador do Grupo LER, Eduardo Junqueira, proferirá conferência no mês de outubro, na UFMG, sobre pesquisa intitulada “Interação de alunos em fóruns virtuais: identificação de elementos facilitadores em processos de aprendizagem”. O estudo conta com a colaboração dos professores Andrei Bosco, Cátia Silva e Elisangela Teixeira, da UFC, e de alunos de iniciação científica e de pós-graduação da universidade. O evento é aberto ao público. Mais informações aqui.









terça-feira, 2 de outubro de 2018

A "plataformização" da educação

No artigo intitulado Social media platforms and education, os pesquisadores holandeses Jose van Dijck e Thomas Poell descrevem e analisam o fenômeno chamado "plataformização da educação", ou seja, os novos processos -- geralmente ligados a interesses da iniciativa privada -- que utilizam plataformas digitais semelhantes às das mídias sociais para atividades de ensino e de aprendizagem. E que, ao faze-lo, geram milhares de dados sobre o comportamento de alunos e professores que, por sua vez, são analisados e utilizados para alimentar novas ações que, em tese, buscam aprimorar a aprendizagem massificada.
O fenômeno congrega elementos da arquitetura do software que sustenta o funcionamento dessas plataformas, os modelos de negócios dos cursos oferecidos e a enorme quantidade de dados gerados pelas ações dos usuários. Os autores indicam dois elementos que são cada vez mais relevantes em ambientes de educação on-line: a dataficação (processos intensivos de coleta e análise de dados, datafication no original) e a mercantilização (commodification no original), analisados através dos exemplos das plataformas AltSchool (usada na educação básica) e Coursera (usada na educação superior) . O texto foi originalmente publicado no Handbook of Social Media, lançado em 2018.

Dentre as diversas conclusões dos autores, destacam-se: "Primeiro, as plataformas educacionais tendem a subjugar seus princípios pedagógicos aos mecanismos de mídia social; segundo, a eficácia dos softwares educacionais e dos sistemas de rastreamento de dados nas escolas e universidades até agora foram mal testados, mas ainda assim são apresentados como soluções muito necessárias para instituições educacionais desatualizadas; e terceiro, a incorporação da educação on-line em um mundo global de plataformas comerciais de alta tecnologia pode transformar [no sentido de descaracterizar] a noção de educação como um bem público".

E finalizam: "Ao considerar as mídias sociais como plataformas em vez de apenas ferramentas, queríamos chamar a atenção para o poder de sua dinâmica subjacente. As plataformas on-line não afetam apenas os processos básicos de aprendizado e ensino, mas também afetam as formas pelas quais a educação é organizada em uma sociedade cada vez mais orientada a dados e baseada em plataformas".





quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Congresso on-line sobre educação a distância e software livre promovido pela Fale/UFMG abre inscrições para coordenadores de mesa de trabalhos até 7/10


Professores do ensino superior e estudantes de pós-graduação que têm interesse por temas como educação a distância, software livre e vivência acadêmica poderão se inscrever para atuar como coordenadores de mesas de trabalho desta edição do UEaDSL (Universidade, Educação a Distância e Software Livre), evento on-line e gratuito promovido pela Faculdade de Letras, em parceria com o Centro de Apoio à Educação a Distância da UFMG.
Os coordenadores têm o papel de estimular o debate entre os participantes do congresso, além de emitir um parecer sobre o aprimoramento dos trabalhos que comporão a sua mesa, antes da semana de realização do evento, de 26 a 30 de novembro.
As inscrições devem ser feitas até o dia 7/10, pelo formulário disponível no site do grupo Texto Livre, responsável pela organização do UEaDSL. Será concedido certificado de participação para aqueles que desempenharem a função.
Para auxiliar os coordenadores de mesa e os professores envolvidos nesta edição , a coordenação do evento ofertará um curso, autoinstrucional e com 15 horas de duração, sobre a proposta do congresso, seus objetivos, sugestões de como aproveitar as tarefas do congresso como atividades letivas e outras orientações e informações.

Informações: ueadsl.sec@textolivre.pro.br.   (Texto de divulgação do evento)


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Novo livro LA OTRA EDUCACIÓN. PEDAGOGÍAS CRÍTICAS PARA EL SIGLO XXI

Acaba de ser lançado o livro LA OTRA EDUCACIÓN. PEDAGOGÍAS CRÍTICAS PARA EL SIGLO XXI. A obra traz uma coletânea de artigos de pesquisadores alinhados com a chamada "Pedagogia Crítica e foi organizado em três tópicos temáticos: 
PEDAGOGÍAS CRÍTICAS Y EMPODERAMIENTO, 
LOS MEDIOS EN LA EDUCACIÓN Y LA EDUCACIÓN EN LOS MEDIOS, 
EXPERIENCIAS SOBRE LA PEDAGOGÍA DEL HACER
e um Epílogo (Manifesto por uma Pedagógia Crítica) escrito por Henry Giroux.

O sumário e o capítulo introdutório estão disponibilizados gratuitamente no site da UNED. 
Os fundos arrecadados com a venda do livro são destinados a um fundo que salva vidas de imigrantes, que escapam de conflitos bélicos, na região do Mediterrâneo.

No capítulo introdutório da obra, os autores afirmam que: "Las tecnologías digitales contemporáneas están lejos de ser herramientas neutrales para la comunicación. Junto con los actores humanos, las tecnologías co-crean nuestras vidas sociales y materiales, y proporcionan un espacio muy necesario para la acción. En palabras de Henry Giroux, «no es suficiente para leer críticamente la cultura. No es suficiente decir: Sabemos cómo leer los medios de comunicación digitales. La gente tiene la capacidad de leer los medios digitales, seguramente, pero también tienen que ser capaces de producirlos medios digitales» (Giroux y Jandrić, 2015). En la era de las redes digitales, el mensaje de la pedagogía crítica es tan importante como siempre y, al igual que en los tiempos de Paulo Freire, la primera y la estrategia más importante es el desarrollo de la alfabetización digital". 

E complementam: "Hoy la alfabetización implica una acción expandida, un conocimiento multimedia y digital, que nos permita reivindicar las voces particulares de cada ciudadano y ciudadana. La alfabetización (digital) facilita el ejercicio crítico de la ciudadanía ante el marco socioeconómico dominante, convirtiéndose igualmente en un ejercicio de activismo que debería sobreponerse al peligroso carácter instrumentalista que se quiere hacer del propio concepto de alfabetismo digital". 

Exemplos de experiências digitais críticas citadas pelos autores incluem: Wikiversity [https://www.wikiversity.org]; Biblioteca Pública: Memoria del Mundo https://www.memoryoftheworld.org]; Youcoop [http://www.youcoop.org].




segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Fórum da Internet no Brasil será na UFG em novembro

A 8ª edição do Fórum da Internet no Brasil está com inscrições abertas. O evento, promovido anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, será realizado de 4 a 7 de novembro no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia (GO), e contará com 27 workshops que abordarão temas como privacidade e proteção de dados, evolução da governança da Internet, liberdade de expressão, cibersegurança, inclusão digital, mercado de trabalho, Internet e jurisdição, mulheres na governança, entre outros. Os interessados em participar já podem se inscrever gratuitamente. A lista completa com os workshops selecionados já pode ser acessada também. (Com informações do BaixaCultura)

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Periódico italiano Digicult e artigo sobre affordances das mídias sociais

O periódico italiano Digicult - Scientific Journal on Digital Cultures publica artigos de áreas diversas da temática em língua inglesa e italiana. O site direciona também para a revista TechnoNews, que traz artigos curtos informativos sobre assuntos diversos da área.
Na edição atual, destaque para o artigo “Don't Break Those Norms.” WhatsApp Socio-Technical Practices in Light of Contextual Integrity and Technology Affordances, do pesquisador Pasquale Pellegrino. O artigo aborda diversos aspectos teóricos das mídias sociais, discutindo particularmente quatro affordances (persistência, aplicabilidade, escalabilidade e mecanismos de busca) do referido APP e dessas mídias no contexto de agência dos usuários.