Acaba de ser lançado novo livro intitulado Multiletramentos e Informática na Escola, de autoria de Marcelo Buzato, professor da UNICAMP e um dos mais profícuos teóricos nessa área no país (link). O livro integra a série de publicações Informática na Educação da SBC (Sociedade Brasileira da Computação) e traz os seguintes capítulos/temas, além de leituras recomendadas e exercícios sobre os temas abordados:
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
Reflexões sobre capitalismo de vigilância e informática educativa
A escritora e pesquisadora Audrey Watters, que produz há quase dez anos o excelente blog Hack Education, publicou recentemente artigo em que apresenta ideias do livro A Era do Capitalismo de Vigilância, de Shoshana Zuboff, e discute a relação de algumas ideias da autora com o estágio atual da área de informática educativa.
Watters alerta para as ações do google e Facebook, em particular, que fomentam ações no campo da educação e dessa forma coletam e utilizam dados de usuários nesse contexto a fim de obter lucrativa exploração comercial e polêmica influência comportamental (desde os primórdios da informática educativa, na perspectiva de B. F. Skinner e outros), na linha de Zuboff. "O aprendizado personalizado depende da extração e análise de dados; exorta e recompensa os alunos e promete que todos alcançarão 'alto conhecimento'. Dá a ilusão de liberdade e autonomia talvez - pelo menos em sua própria forma de ver as coisas; mas o aprendizado personalizado é fundamentalmente sobre condicionamento e controle", critica.
Watters alerta para as ações do google e Facebook, em particular, que fomentam ações no campo da educação e dessa forma coletam e utilizam dados de usuários nesse contexto a fim de obter lucrativa exploração comercial e polêmica influência comportamental (desde os primórdios da informática educativa, na perspectiva de B. F. Skinner e outros), na linha de Zuboff. "O aprendizado personalizado depende da extração e análise de dados; exorta e recompensa os alunos e promete que todos alcançarão 'alto conhecimento'. Dá a ilusão de liberdade e autonomia talvez - pelo menos em sua própria forma de ver as coisas; mas o aprendizado personalizado é fundamentalmente sobre condicionamento e controle", critica.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2018
As tecnologias digitais e a educação a distância no novo livro Reinventando Freire
O Instituto Paulo Frente lançou, em parceira com o professor Martin Carnoy, da Stanford University, o livro intitulado Reiventando Freire. A Práxis do Instituto Paulo Freire em celebração ao aniversário de 50 anos do livro A Pedagogia do Oprimido. A obra está disponível para download gratuito mediante cadastro e centra-se na atualidade das ideias e proposições do mais importante filosofo da educação brasileiro. Segundo Moacir Gadotti, organizador da obra e co-editor do livro, "a educação, no mundo, passa por uma crise grave, associada à crise
civilizatória atual, e Paulo Freire pode ser uma inspiração para o
surgimento de novas políticas públicas de educação [...] Sim, nós temos referenciais. Nós temos caminhos a seguir. Não estamos
perdidos. Nós caminhamos por sendas de lutas e utopias, com um novo
jeito de caminhar, juntos, na reinvenção de Freire, mantendo viva a luta
por uma educação emancipadora. E somos apaixonados pelo que fazemos".
Além das discussões
de temática geral a partir dos princípios da obra freireana, o
livro contém capítulos que buscam dialogar mais especificamente com o
campo das tecnologias digitais na educação e a EaD. Nesses casos, reforçam diversos princípios do pensamento e da práxis freireana, mas se fragilizam ao revelar dificuldades par abordar especificidades das práticas ciberculturais e dos sujeitos que atuam em redes, distanciando-se por vezes de problemáticas centrais do campo do ensinar e do aprender hoje. Paulo Blikstein (Stanford University), em capítulo intitulado Paulo Freire vai a
Palo Alto: tecnologias e pedagogias ensinar progressistas, argumenta que a busca de uma real "educação personalizada" e da Cultura Maker nas escolas de elite localizadas no coração do capitalismo norte-americano abrem espaço para muitas ideias de Freire hoje naquele país, onde tradicionalmente já estão muito presentes nas iniciativas da educação progressista junto às camadas menos favorecidas economicamente.
Na seção da obra dedicada ao Ensino Superior, Paulo Roberto Padilha (USP) contribui com o
capítulo intitulado EAD freireana como educação emancipatória e
criativa, com base na colaboração com fins de formação crítica e construção criativa e coletiva do conhecimento em comunidades virtuais de aprendizagem, ainda que de forma pouco detalhada e sem tratar de muitas das especificidades de práticas atuais dos estudantes com tecnologias digitais em rede. Anderson Fernandes de Alencar (USP/UFRPE) é o autor do capítulo
Lições do passado e educação do futuro: informática, software
livre e compartilhamento do conhecimento em Paulo Freire. Com base em pesquisa para sua dissertação de mestrado, o autor apresenta aspectos da filosofia do software livre e menciona brevemente o que chama de Pedagogia da Migração, referindo-se a experiência de troca de software proprietário por software livre por uma ONG pesquisada. No tópico sobre compartilhamento do conhecimento, relata a experiência do projeto “Paulo Freire Memória e Presença: preservação e
democratização do acesso ao patrimônio cultural brasileiro. O autor aponta também para o papel das metodologias da sala de aula invertida, do ensino híbrido e da produção de conhecimento com liberdade e autonomia para o futuro da educação de base freireana.
domingo, 13 de setembro de 2015
Reflexões sobre o futuro da edtech por George Siemens
O pesquisador canadense George Siemens acaba de publicar um breve artigo em que baseia-se em sua trajetória profissional e acadêmica para fazer duras e necessárias críticas ao estado atual da edtech (informática educativa). O pesquisador critica o que chama de atual estado de tecnologização do humano e propõe sua inversão, com vistas a uma humanização das tecnologias. Destaque para este trecho do artigo, em tradução livre: "Eu não quero mais estar afiliado ao fetiche das ferramentas da informática educativa. É tempo de dizer adeus ao tecno-solucionismo que recria as pessoas como agentes limitados a uma infra-estrutura programada. Ao longo dos últimos anos, minhas pesquisas tomaram outros rumos. Ainda não estou seguro sobre qual é o elemento unificador nesta etapa. [Meu interesse atual] é parcialmente focado na pessoa como uma totalidade. Em um estado de aprendizagem empoderadora. Em atenção ampliada, complexidade, aprendizagem integradora, 'contemplative practices', aprendizagem formativa, criatividade, produção". O pesquisador aponta para a necessidade de se criar "ferramentas, tecnologias e pedagogias que permitam a criação, a formação pessoal, o engajamento, a diversão e a alegria". Vale ler também as postagens na seção de comentários da página do artigo de Siemens, onde alguns pesquisadores contribuem para essas reflexões.
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