segunda-feira, 29 de abril de 2019

Novo artigo indaga: onde está a teoria no campo da tecnologia educacional?

Acaba de ser publicado no British Journal of Educational Technology o artigo intitulado Where is the “theory” within the field of educational technology research? O ótimo texto apresenta resultados das análises realizadas em 503 artigos recentes sobre estudos empíricos publicados nos três mais prestigiados periódicos da área, sendo que 40% deles não faziam qualquer menção à teoria. As teorias mais citadas nos demais artigos forma: Cognitive load theory, Technology acceptance model, Cognitive theory of multimedia learning, Social development theory, Self‐determination theory, Self‐regulated learning theory, Technological Pedagogical and Content Knowledge, Cognitive affective theory of learning with media.

Os autores concluíram que: "Na maioria dos casos, o envolvimento explícito com a teoria estava ausente. Muitos estudos foram totalmente desprovidos de teorias ou fizeram uso vago da teoria. Onde a teoria era explícita, os artigos eram mais propensos a usar a teoria para conceituar a pesquisa, para informar o processo de coleta ou análise de dados e para discutir os resultados. Muito poucos artigos relataram descobertas que nos ajudam a aprender algo novo sobre uma teoria em particular (ou seja, pouca evidência de avanço da teoria)"(tradução livre). Os editores do periódico sugerem, diante disso, que pesquisadores da área precisam ser mais explícitos sobre as teorias que orientam suas pesquisas.

Novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior

Acaba de ser publicado novo artigo de Terry Anderson sobre desafios e possibilidades de uso das mídias sociais na educação superior intitulado Challenges and Opportunities for use of Social Media in Higher Education

O pesquisador apresenta uma detalhada análise do tema, enfatizando problemas, oportunidades e algumas poucas experiências práticas na área, indicando simultaneamente o grande potencial do uso das mídias sociais na educação e os problemas envolvidos em tal uso, o que parece explicar, pelo menos em parte, sua baixa efetividade. 

Em trecho final do artigo, Anderson afirma que: "Dado o grande número de incógnitas que marcam o uso das mídias sociais descritas acima, o que podemos esperar da pesquisa educacional formal? Quando alguém examina criticamente a literatura de pesquisa sobre mídia social, chegamos a uma série de resultados infelizes e um tanto desanimadores. Muito da literatura de pesquisa é baseada em estudos de caso e descrições de uso - com uma escassez de dados empíricos - especialmente no que diz respeito aos resultados educacionais. Em uma revisão sistemática de 2017 de dez anos de uso de mídia social na educação básica, Greenhow & Askari (2017) descobriram que “o tipo de estudo mais prevalente conduzido relacionado ao nosso tópico focal foi a pesquisa sobre usos comuns. O tipo de estudo menos comum conduzido foi a pesquisa que estabeleceu a eficácia da tecnologia para melhorar o aprendizado dos alunos ”. Pesquisas relacionadas ao “uso comum” têm algum valor de exposição quando novas ferramentas são introduzidas nas salas de aula, mas fornecem muito pouca evidência relacionada ao custo ou à efetividade da aprendizagem"(tradução livre).

quinta-feira, 25 de abril de 2019

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Publicada edição temática Tecnologias digitais na educação: a máquina, o humano e os espaços de resistência

Acaba de ser publicada edição temática da Revista Educação e Cultura Contemporânea, intitulada Tecnologias digitais na educação: a máquina, o humano e os espaços de resistência. O número atual conta com 21 trabalhos diversos que abordam, dentre outros, temas como educação on-line, autorias, cidadania, protagonismo, dispositivos móveis, novas metodologias, etc. O editorial contém um ótimo resumo reflexivo das temáticas hoje postas no campo de pesquisas e práticas referentes às tecnologias digitais em rede e a educação.


quinta-feira, 11 de abril de 2019

China utiliza tecnologia de IA para reconhecimento facial e rankeamento de alunos em sala de aula

Reportagem do website Sixth Tone detalha como a China tem utilizado variadas tecnologias de monitoramento por imagens e de reconhecimento facial dos estudantes em sala de aula através de projetos piloto de Inteligência Artificial que atribuem notas de desempenho aos estudantes a fim de "aprimorar a educação no país". 

Segundo o texto, um dos programas utilizados em uma escola de Beijing fotografa a sala de aula a cada segundo e as imagens do rosto de cada aluno são analisadas por algoritmos a partir de categorias tais como ouvindo, respondendo perguntas, escrevendo, interagindo com outros alunos ou dormindo. Em algumas escolas, estudantes desconectaram as câmeras do sistema em sinal de protesto.




quarta-feira, 10 de abril de 2019

O retorno do ACSDE - The American Center for the Study of Distance Education

O The American Center for the Study of Distance Education (ACSDE), criado em 1988 por Michael Moore, voltou a funcionar, agora no departamento de Learning and Performance Systems da The Pennsylvania State University, sob a direção de William C. Diehl.
O objetivo inicial do Centro se mantém: [ser] um centro interinstitucional e multidisciplinar que visa facilitar a colaboração entre indivíduos e instituições nos Estados Unidos e no exterior, com seus principais objetivos de promover pesquisa, estudo, bolsa de estudo e ensino em educação a distância, e para servir como uma central para disseminação de conhecimento sobre educação a distância.
Uma ótima iniciativa do Centro será a promoção de simpósios on-line que acontecerão ao longo do ano e do qual podem participar pesquisadores de todo o mundo. Mais informações no site do centro e pelo mailing list.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, disponível para download gratuito

O livro: Isso (não) é muito Black Mirror: passado, presente e futuro das tecnologias de informação e comunicação, de Andre Lemos, lançado em 2018, está disponível para download gratuito no website da Editora da UFBA. Fruto de uma disciplina de graduação ministrada pelo pesquisador da UFBA, a obra aborda os episódios de quatro temporadas da série da televisão britânica para debater sobre diversos conceitos do campo dos estudos da Cibercultura. 

Segundo o autor, "a escolha da série se deu por sua grande repercussão no brasil e por ela tocar em temas caros à área de comunicação, tais como a sociedade midiática, a sociedade do espetáculo, as mídias digitais, as redes sociais, as questões do corpo, da vigilância e das demais tecnologias e processos comunicacionais em interface com os problemas da cultura contemporânea". Todos os alunos da referida disciplina assistiram aos episódios e participaram ativamente de debates sobre os conteúdos, tendo todos os nomes listados na seção de Agradecimentos da obra.