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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Edição temática sobre inteligência artificial generativa e ensino superior

 

Acaba de ser publicado número temático sobre inteligência artificial generativa e ensino superior da revista Docência e Cibercultura, da UERJ (link). O grupo LER/CNPq, da UFC, contribuiu para este trabalho com artigo intitulado "Inteligência artificial generativa e estudantes universitários no contexto dos multiletramentos" com análises sobre o uso da IA por estudantes universitários em práticas de estudo. Os artigos publicados alinham-se a três eixos temáticos: Contribuições internacionais: tendências e diálogos transnacionais (Portugal, Espanha e América Latina), Investigação e Formação  Docente e Dimensões éticas, políticas e epistemológicas —regulação, soberania digital e justiça cognitiva.

Os editores, pesquisadores do Brasil e de Portugal, analisam que "o grau de interdependência e de interconexão que mantemos hoje com as tecnologias digitais indica que a coevolução da tecnologia da informação e da humanidade atingiu um patamar de complexidade tal que já desafia a estrutura clássica de controle e domínio exercida pelo ser humano (Buongiorno e Chiaramonte, 2024). Nesse debate, a literatura costuma oscilar entre  polos  opostos,  ora  salientando  os  benefícios,  ora advertindo  sobre  os  riscos  que  tais artefatos podem acarretar para a condição humana". E concluem: "Importante ressaltar que, em um cenário de mudanças bruscas, faz-se necessária a reflexão em todos os âmbitos —filosófico, sociológico, político, ético, estético e educacional —que possa  não  apenas  aprofundar  a  compreensão  das  diversas  facetas  da  IA,  mas  também  nos apropriar dela como cidadãos críticos e criativos". 


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Novo dossiê temático "O Governo dos Algoritmos: A Morte da Política?"

 

Acaba de ser publicado dossiê temático intitulado "O Governo dos Algoritmos: A Morte da Política?" na Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, da UnB (link). O número especial foi editado pelos professores Maria Cecília Pedreira de Almeida, Marco Antonio Sousa Alves que assim definem um governo por algoritmos: "uma atividade que afeta, guia e formata nossa ação. O foco do governo reside assim em “conduzir condutas” e “ordenar a probabilidade”, ou seja, no direcionamento dos comportamentos por meio de incitação, indução, sedução ou constrangimento e proibição, de modo a tornar mais ou menos provável um determinado curso de ação. Nesse sentido, podemos dizer que uma nova estratégia de governo é colocada em funcionamento por meio de complexos algoritmos, que cada vez mais direcionam nossas condutas e influenciam decisivamente nossas práticas de consumo, nossas escolhas políticas e a formação de nossas opiniões. Esse novo governo baseia-se fundamentalmente na vigilância e extração automatizada de dados (dataveillance) que são processados, filtrados e correlacionados (datamining) de modo a permitir a elaboração algorítmica de perfis (profiling), capazes de antecipar comportamentos e agir sobre as ações futuras".

O dossiê traz artigos estudos que abordam as interfaces da temática com questões do ativismo social, das subjetividades das populações, as redes sociais, a docência e a técnica, dentre outros.

Destaca-se, na temática da educação, o artigo intitulado O Ato Docente na Era da sua Reprodutibilidade Técnica: Aula, Educação e Ensino Remoto, de autoria do professor Denilson Soares Cordeiro, da UNIFESP. O resumo do trabalho é: O ensaio aborda o chamado ensino remoto como a versão atualizada e político-tecnológica do agravamento das decisões oficiais contra a educação pública e o direito à educação de qualidade. Nesse sentido, procuro apresentar uma discussão tomando como base relatos da minha própria experiência na docência universitária e na pesquisa que tem como campo a escola pública, para, em seguida, discutir os termos contextuais do problema no âmbito do “extrativismo de dados” das grandes empresas norte-americanas de tecnologia, que gerem exclusivamente toda produção, transmissão e armazenamento de dados no ensino remoto público, com base naquilo que Evgeny Morozov chama de“solucionismo tecnológico”.