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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Relatório da Coursera traz indicadores de qualidade para a educação on-line

A plataforma educacional comercial Coursera acaba de publicar um relatório sobre referências de qualidade para a educação on-line baseadas na análise de dados das centenas de cursos e milhares de estudantes de todo o mundo atendidos pelo serviço on-line os últimos anos (link). A qualidade, no caso, é definida pela Coursera em termos de engajamento dos estudantes (percentual de conclusão dos cursos), satisfação (boas avaliações discentes), desenvolvimento de habilidades (notas nos testes) e impacto na carreira (conforme relatado pelos estudantes em enquetes da plataforma). 

As recomendações trazidas no documento não surpreendem profissionais engajados no aprendizado online: mantenha os vídeos curtos (máximo de 10 minutos cada), mantenha os cursos curtos (4 semanas de duração no máximo), forneça atividades e práticas envolventes e significativas para os estudantes e seus interesses e necessidades, e ajude os estudantes a aplicar suas novas habilidades, o que aprofunda o aprendizado deles. 

Sobre o ensino: "Projetos práticos e atividades de programação podem resultar em taxas 30% mais altas de desenvolvimento de habilidades, além de ganhos em satisfação e resultados na carreira", afirma o documento. Sobre a aprendizagem: "Os alunos que participam de fóruns de discussão desde o início do curso possuem 25% mais chances de concluir o curso. Envolvendo-se com um comunidade ajuda os alunos a alcançar seus objetivos". 

segunda-feira, 30 de março de 2020

A diferença entre ensino remoto de emergência e aprendizado on-line

Diante das polêmicas e das muitas dúvidas sobre atividades remotas após o fechamento das escolas e universidades -- em que a áreas de estudos e práticas de educação a distancia (EaD) e educação on-line têm sido injustamente banalizadas e criticadas diante da precarização do momento de crise atual -- surge um artigo esclarecedor sobre a problemática, publicado do Educause Review. Intitulado The Difference Between Emergency Remote Teaching and Online Learning (A diferença entre ensino remoto de emergência e aprendizado on-line), o texto argumenta que "as experiências de aprendizado on-line bem planejadas são significativamente diferentes dos cursos oferecidos on-line em resposta a uma crise inesperada. Faculdades e universidades que trabalham para manter as instruções durante a pandemia do COVID-19 devem entender essas diferenças ao avaliar esse ensino remoto de emergência".
Ao longo do texto os autores esclarecem que: "o que sabemos com base em pesquisas é que o aprendizado on-line eficaz resulta de um planejamento e design instrucional cuidadoso, usando um modelo sistemático de design e desenvolvimento. O processo de design e a consideração cuidadosa de diferentes decisões de design têm impacto na qualidade da instrução. E é esse cuidadoso processo de desenvolvimento de um projeto que estará ausente na maioria dos casos nessas mudanças de emergência". Os autores lembram que a quantidade de alunos nas turmas é fator decisivo para o sucesso de ações pedagógicas on-line e que cursos que realmente aderem à modalidade on-line tipicamente levam de 6 a 9 meses para serem desenvolvidos antes que sejam iniciados com os alunos matriculados. Os autores também relatam um pouco sobre os esforços emergenciais que têm sido desenvolvidos atualmente -- o que chamam de ensino remoto de emergência -- e detalham aspectos e elementos sobre como avaliá-los, sem que se incorra no equívoco de compará-las com a sala de aula presencial.