Em extenso editorial recente, intitulado Historical threads, missing links, and future directions in AI in education, os editores Ben Williamson e Rebecca Eynon, do periódico Learning, Media and Technology, apresentam um panorama crítico da genealogia histórica e da presença atual, os problemas e o futuro da inteligência artificial no campo da educação entre o louvor ao seu caráter inovador e revolucionário e o temor de seus desafios éticos e sua operação pouco transparente e consequências inescrutáveis (link).
O texto analisa a pesquisa sobre IA na educação, o uso da IA em aplicativos educacionais comerciais, a infraestrutura de IA, as política e a governança de IA e o que os autores chamam de "missing links", ou seja, os "furos" ou problemas na IA na educação no contexto da dataficação e da vigilância em rede.
A partir de artigos publicados na temática das últimas décadas, os editores apontam para a "natureza contestada da IA, com uma história complexa de metodologias e disciplinas, e várias afirmações de como a IA permitirá que os cientistas da aprendizagem desenvolvam entendimentos ‘transformativos’ ou ‘revolucionários’ da cognição, aprendizagem e inteligência humanas". E sugerem foco em três áreas para futuras pesquisas sobre o tema: "etnografias de IA em uso, maior aproximação com o campo da filosofia da educação, e interações mais significativas com outras comunidades acadêmicas que trabalham na IA em educação".
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