terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasilina Passarelli fala sobre crianças e jovens na internet

Brasilina Passarelli, professora da Escola do Futuro/USP, fala sobre crianças e jovens na internet a partir de pesquisa "Gerações Interativas Brasil" desenvolvida a partir de análise de dados do IBGE (quase 4 mil questionários abrangendo todo o país) para compreender melhor usos e comportamentos dessas populações sobre a rede. Interessante destacar que a pesquisa indica que acesso à internet supera bastante a posse dos dispositvos tecnológicos. A disseminação dos telefones celulares tem contribuído para reduzir diferenças regionais de acesso à internet. Entrevista em vídeo  aqui.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Universidades britânicas oferecerão cursos gratuitos em 2013


Futurelearn Logo

Seguindo a tendências dos MOOCs das grandes universidades norte-americanas, 12 universidades britâncias se uniram através do projeto FutureLearn e passarão a oferecer educação gratuita via internet em 2013. A base tecnológica será oferecida pela Open University. O coordenador do projeto, Simon Nelson, é egresso da área de mídia, tendo chefiado o trabalho de desenvolvimento da versão online da BBC, bem como o uso inovativo de outras mídias.  Resta torcermos para que essa iniciativa resulte em novas metodologias e novos dispositivos tecnológicos que permitam inovar na modalidade da educação online massiva.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Aprendizagem em contextos carentes de tecnologias


Learning, Media and Technology

Acaba de ser publicada nova edição do periódico Learning, Media and Technology (Vol. 37, No. 4, 01 Dec 2012) com destaque para a seção temática Enhancing learning and teaching in technology-poor contexts (algo como Aprimorando a aprendizagem em contextos carentes de tecnologias). Há relatos de experiências na África, China e Bangladesh. Destaque também para resenha critica do pesquisador britânico Neil Selwyn.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A crítica, a educação e as tecnologias


 

--> Acaba de ser lançado relatório que traz para o Brasil o modelo do já tradicional Horizon Report publicado nos USA pelo New Media Consortium. O relatório patrocinado pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) é intitulado As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Horizon Project e reúne diversas tech-trends para as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio. Foi divulgado também um site em formato wiki com dados sobre a pesquisa. Estão lá as nomenclaturas dos dispositivos móveis, aprendizagem baseada em jogos, conteúdos livres, inteligência coletiva, dentre outros. E a necessidade de renovar as práticas da escola brasileira, mais e melhor formação aos professores, melhor banda larga. Fica uma dúvida sobre o caráter "regional" do relatório. Em que medida foram levados em conta o caráter histórico, diverso e desigual do Brasil ao se enumerar as tecnologias e as pedagogias? Nota-se a ausência de menção à interdisciplinaridade e à multidisciplinaridade, à ética hacker como princípio pedagógico e ao software livre como princípio de sustentabilidade. Também não foram mencionadas as produções culturais no marco da sociabilidade e da produção cultural das periferias das grandes cidades como elementos para um diálogo amplo, plural e democrático sobre a escola brasileira.


Um livro recém-lançado pela editora Peter Lang intitulado Critical Digital Literacies as Social Praxis teria sido de grande uso na produção do relatório patrocinado pela FIRJAN. Segundo uma pequena resenha publicada no blog de Colin Lankshear e Michele Kobel, o livro "examina a aplicação simultânea de letramentos críticos e digital e explora ramificações para o desenvolvimento e avaliação dos letramentos digitais críticos dos currículos em contextos educativos. Os autores do livro perguntam: Como é que a crescente ubiquidade de práticas de letramento digital dentro e fora da escola afetou nossas definições de letramentos críticos? Como nossas constantes mudanças de percepções sobre os letramentos críticos afetam a forma como nós definimos o ensino e nosso envolvimento com os letramentos digitais? Nós acreditamos que há um trabalho crucial a ser feito nesses cruzamentos,  trabalho que se constrói sobre os extensos corpus de conhecimentos da pesquisa sobre os letramentos crítico e digital".


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dados de um curso no formato MOOC

Alguns integrantes do grupo LER participam do curso Designing a New Learning Environment, coordenado pelo professor Paul Kim e oferecido via plataforma MOOC, desenvolvida pelo Venture Lab da Stanford University, para milhares de alunos de todo o mundo. Já foram concluídas duas pesquisas (estilo survey) que apresentaram dados interessantes. Os resultados da primeira sondagem informam que os alunos são em sua maioria mulheres (57%) e os alunos têm predominantemtne faixa etária elevada (46% têm entre 34 e 54 anos de idade). Dentre os cinco tipos de personalidade dos alunos pesquisados, destacaram-se duas: abertura para novas experiências e senso de responsabilidade. De fato, são dois elementos já consagrados como importantes para o sucesso em experiências de educação a distância. A segunda pesquisa mensurou a "presença social" a partir de critérios de "mente conectada" estabelecidos por Harms e Biocca (2004) que incluem o senso de co-presença dos alunos, a compreensão de mensagens e a independência emocional. Os resultados não indicaram "anomalias", pois os dados estiveram próximos das médias encontradas em outros estudos. O único dado que chamou a atenção, segundo os autores do estudo, foi o baixo nível de atenção dedicada, ou concentração -- talvez isso se deva à maturidade dos alunos que, por conhecerem bem o campo de estudos, desdenhem um pouco dessa necessidade como condição para a aprendizagem, Uma terceira pesquisa encontra-se em andamento,  e será dedicada à relação dos alunos com os membros de suas equipes.