Intrigante reportagem de um portal de notícias da internet relata certa indignação e espanto de pesquisadores e educadores com o tema da redação do Enem deste ano, visto por eles como excessivamente atual posto que ainda não figura nos livros didáticos. Tal perspectiva indica que essas pessoas delegam, claramente, aos livros didáticos e à escola formal a tarefa de preparar os alunos para o Enem. Não se trata de discutir a importância da escola e do professor. No entanto, esse posicionamento contrasta fortemente com perspectivas mais contemporâneas sobre o aprender na atual sociedade das redes. Um exemplo é esta apresentação de George Siemens patrocinada pela Educarede, voltada à formação de professores. A proposição de Simens já extrapolou, há muito tempo, os muros da escola ao articular uma aprendizagem em rede, na rede e com arede. Se educadores estivessem atuando também a partir dessa perspectiva, entenderiam a importância de que todos os alunos -- e não somente aqueles em preparação para o Enem e outros exames obrigatórios -- tenham uma complexa experiência de aprendizagem nas redes. Isso lhes teria permitido avançar bastante no enfrentamento do tema da redação do Enem, além de tê-los preparado melhor para a entrada na univerdade e, por que não, para suas vidas cidadãs.
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