No contexto da conferência do clima COP26 que se realiza em Glasgow, na Escócia, o pesquisador britânico Neil Selwyn explora ideias sobre a "edtech sustentável" e publicou, em seu blog, artigo intitulado Resource-constrained EdTech … learning from low-income contexts (EdTech com recursos limitados ... aprendendo em contextos de baixa renda) em que apresenta alguns poucos exemplos de usos das tecnologias digitais na educação em países ditos de baixa renda, em particular da África (link). Sem citar diretamente toda a filosofia e prática das comunidades de software livre, Selwyn alinhava "princípios que podemos levar adiante para repensar a tecnologia educacional para uma era de crise climática. Esses incluem:
- Dispositivos de baixa especificação e baixo custo - uma disposição para trabalhar com recursos "bons o suficiente" e uma expectativa de ter que contornar limitações técnicas e avarias;
- Adaptabilidade e improvisação - uma vontade de 'fazer e consertar';
- Planejamento provisório e instalações e locais temporários - imaginar os lugares e espaços de aprendizagem como contingentes e reconhecer a necessidade de planejamento e programação flexíveis;
- Trabalhar fora da rede - expectativa de ter que operar em estados não conectados (tanto em termos de armazenamento de dados quanto de alimentação).
- Projetar formas de EdTech que são construídas para resistir a ambientes hostis e garantir uma longevidade de uso - dispositivos que são modulares, reparáveis e robustos.
- A formação de comunidades que podem apoiar o uso de tecnologia autossuficiente - isso requer a produção de dispositivos que são facilmente reparáveis e sustentados, incentivando e permitindo uma cultura de "Faça Você Mesmo" (ou melhor ainda, "Façamos Nós Mesmos")."